No dia seguinte a um ataque com faca no sul de Londres, que deixou três feridos e o agressor morto pela polícia, o governo britânico prometeu, ontem, aplicar penas mais severas aos condenados por terrorismo. Segundo informações divulgadas pela imprensa, Sudesh Amman, 20 anos, estava em liberdade condicional, após cumprir metade de sua sentença de três anos e quatro meses de prisão por posse e disseminação de conteúdo terrorista. Ontem, a ação foi reivindicada pelo Estado Islâmico (EI).
O projeto de lei, que prevê aumentar as penas para os autores de atos terroristas, com um mínimo de 14 anos de prisão por crimes graves e a proibição de liberdade antecipada, será apresentado em breve ao Parlamento. Os conservadores têm uma grande maioria na Casa. O texto também destaca a prevenção de reincidência, dobrando o número de agentes de liberdade condicional.
“Não queremos (...) um sistema que exija supervisão muito trabalhosa (...) quando outra abordagem carcerária pode ser melhor”, ressaltou o premiê Boris Johnson. O governo já havia anunciado um endurecimento da lei após o ataque, com duas mortes, no fim de novembro do ano passado, na London Bridge, também cometido por um extremista em liberdade condicional.
O ataque de domingo aconteceu no início da tarde, em uma rua comercial do bairro londrino de Streatham. Amman usava um colete explosivo falso quando esfaqueou dois pedestres. Ele foi abatido pela polícia, cujos tiros provocaram estilhaços de vidro que feriram uma terceira pessoa. “Ele realizou o ataque em resposta aos pedidos para atacar cidadãos de países da coalizão”, informou a Amaq, o organismo de propaganda do EI.