Mundo

Republicanos justificam absolvição

 
Tida como certa, a absolvição de Donald Trump no julgamento de impeachment é justificada pelos senadores republicanos com o argumento de que, apesar de o mandatário ter agido mal, não merece ser o primeiro presidente dos EUA a ser removido da Casa Branca. Trump é acusado de pedir à Ucrânia para investigar seu rival democrata Joe Biden e de reter ajuda militar a Kiev para pressioná-la.
 
Os republicanos concordam com essa parte, mas citam a Constituição para afirmar que os atos são insuficientes para demover o chefe de Estado de seu cargo. “Não deveria ter feito isso, estava errado, diria que inadequado, inaceitável, ele ultrapassou os limites. A única questão é decidir o que fazer”, afirmou, ontem, o senador republicano Lamar Alexander à rede NBC.
 
O parlamentar reconheceu que há “montanhas de evidências” contra Trump. Mas amenizou as consequências. “O que ele fez está longe de ser um ato de traição, corrupção, um crime ou um delito maior”, acrescentou o senador, citando os critérios estabelecidos pela Constituição.
 
A maioria republicana apoia o presidente e votará para não removê-lo, embora vários senadores, em face das evidências esmagadoras, não o absolvam completamente em nível moral. Eles chegam com o discurso alinhado no fim do terceiro julgamento político da história dos Estados Unidos, depois de Andrew Johnson, em 1868 e Bill Clinton, em 1999 (nenhum foi destituído, o que exige uma maioria de dois terços do Senado).