A defesa de Donald Trump disse que a relação do presidente dos Estados Unidos com a Ucrânia era de interesse nacional. As declarações foram feitas no julgamento do processo de impeachment dele no Senado.
Trump é acusado por democratas de ter pressionado o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelenski, a investigar seu rival político Joe Biden, que é pré-candidato do Partido Democrata à Presidência dos EUA nas eleições deste ano. Ele nega as irregularidades e classifica o processo como uma farsa politicamente motivada.
“Eles estão pedindo que você não apenas anule os resultados da última eleição... eles estão pedindo que você retire o presidente Trump da cédula em uma eleição que ocorre em nove meses”, disse Pat Cipollone, advogado da Casa Branca, aos senadores.
A sessão de ontem se concentrou na transcrição da ligação telefônica do presidente, em 25 de julho, com o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, na qual ele pediu a seu colega que investigasse o democrata Joe Biden e seu filho, bem como na suposta interferência da Ucrânia nas eleições de 2016 nos EUA. Trump encomendou quase US$ 400 milhões em ajuda à Ucrânia, congelados mais de uma semana antes dessa ligação.
Os advogados argumentaram que o presidente não condicionou a ajuda à Ucrânia nas investigações solicitadas. Embora Trump não tenha explicitamente apresentado ajuda, Zelensky disse que seu país queria encomendar mais mísseis Javelin dos EUA, aos quais o americano respondeu: “Gostaria que você nos fizesse um favor”. Os argumentos da equipe de defesa serão retomados amanhã. As informações são da Dow Jones Newswires.