A jovem sueca Greta Thunberg discursou nesta terça-feira (21/1) na 50ª edição do Fórum Econômico Mundial que está acontecendo em Davos, na Suíça. Em suas falas, a ativista pediu que os líderes mundiais comecem a escutar a juventude. “A ciência e a voz dos jovens não são o centro da conversa, mas precisam ser", afirmou.
"Não sou uma pessoa que pode reclamar sobre não ser ouvida", disse ela, despertando risadas da plateia em um painel intitulado "Construindo um caminho sustentável para um futuro coletivo", no primeiro dia da reunião anual do fórum.
A ativista ainda disse em discurso que “praticamente nada foi feito” para conter as emissões de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera. Mais de 43 bilhões de toneladas de dióxido de carbono foram emitidos na atmosfera em 2019, quebrando o recorde anual estabelecido em 2018, em mais de 0,5% segundo a estimativa prévia da organização internacional de pesquisa ambiental Globo Carbon Project.
De acordo com o relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2018, a comunidade internacional só poderá emitir mais de 420 milhões de toneladas de dióxido de carbono a fim de evitar a temperatura média global que aqueça em 1,5 ºC a partir de 2030. Nas condições atuais, o limite de carbono será ultrapassado em menos de nove anos.
Muitos jovens ativistas viajaram para Davos seguindo os passos de Greta. Entre eles, Fionn Ferreira, que descobriu um modo de prevenir que os plásticos cheguem aos oceanos, a africana Ayakha Melithafa e Autum Peltier, que luta pela preservação da água desde seus 8 anos.
*Estagiária sob suprvisão da editora-assistente Vera Schmitz