Mundo

Tubo de ensaio - Fatos científicos da semana



» Segunda-feira, 6
Tabela de medidas milenar em Israel

Arqueólogos israelenses apresentaram uma tabela de medidas de 2 mil anos, que sugere a existência, na época, de um mercado próximo ao Monte do Templo, lugar sagrado do judaísmo em Jerusalém. Trata-se da terceira tabela de medidas encontrada na área, segundo Ari Levy, um dos diretores de escavações da Autoridade de Antiguidades de Israel. A tabela de pedra servia para padronizar medidas de líquidos, como vinho e azeite, e pertencia ao administrador do mercado, segundo Levy. “É uma prova de que houve atividades comerciais, pois a única pessoa que possuía esse tipo de tabela era o administrador do mercado”, observou.


» Terça-feira, 7
Estudo desvincula uso de talco de câncer no ovário


Uma pesquisa que envolveu 250 mil mulheres americanas não encontrou vínculos estatísticos entre o uso de talco nos genitais e o risco de desenvolvimento de câncer nos ovários. Nos Estados Unidos, quatro em cada 10 mulheres usam ou já usaram talco nessa parte do corpo como forma de absorver a umidade ou perfumar a região, colocando diretamente o produto nos genitais ou aplicando-o na roupa íntima, nas toalhas ou no absorvente. Embora esse uso seja mais recorrente entre as mulheres mais velhas, o hábito também é comum entre as mais jovens. A discussão sobre a existência de amianto, um tipo de mineral contaminante, nos talcos surgiu na década de 1970.


» Quarta-feira, 8
Vikings agiram contra mudanças climáticas


Estudo desenvolvido pela universidade sueca de Uppsala estima que a pedra de Rök, um bloco de granito no qual os vikings inscreveram o texto rúnico mais longo conhecido no século 9, pode ter sido erguida para pedir o fim de uma crise climática. A rocha está perto do Lago Vättern, no sul da Suécia, e possui mais de 700 runas perfeitamente legíveis em seus cinco lados. Linguistas e arqueólogos afirmam que as inscrições registradas fazem alusão ao imperador Teodorico, o Grande, rei dos ostrogodos. Pela nova interpretação, “a inscrição reflete a angústia causada pela morte de um filho e o medo de uma nova crise climática semelhante à catástrofe”, que ocorreu após 536 a.C. O estudo assume que a pedra foi gravada após uma mudança climática que causou temperaturas muito baixas, perda de colheitas, fome e extinções em massa.


» Quinta-feira, 9
Para as crianças, o homem é dominante

Depois que completam 4 anos, as crianças, especialmente meninos, geralmente vinculam poder e masculinidade. “Nas interações entre figuras masculinas e femininas, as crianças tendem a associar o indivíduo que domina ao homem”, observou Jean-Baptiste Van Der Henst, do Instituto de Ciências Cognitivas Marc Coner, sobre o estudo publicado na revista científica Sex Roles. A pesquisa envolveu mais de 900 crianças, com idade entre 3 e 6 anos, de várias partes do mundo. O estudo foi feito com ilustrações. Em um pedaço de papel, duas crianças são desenhadas. Um em uma postura de dominação, a outra representando subordinação. Nenhum dos personagens oferece a menor pista de gênero. No entanto, “a partir dos 4 anos, a grande maioria das crianças considera o personagem dominante um menino”. “Ficamos surpresos por não haver diferença entre os países, especialmente entre o Líbano e a Noruega”, disse Van Der Henst.