O ex-CEO da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, disse que resolveu se apresentar antes à imprensa nesta quarta-feira (8/1) para "lavar sua honra", durante sua primeira aparição pública em Beirute desde sua fuga há quase duas semanas do Japão, onde é acusado de desfalque financeiro.
Durante a entrevista, Ghosn criticou o governo brasileiro por não ter dado apoio a ele. "O cônsul do Brasil no Japão (João de Mendonça Lima Neto) foi muito querido comigo e cuidou de mim em um período muito complicado. Agora, o presidente Bolsonaro foi perguntado se estava pronto para lidar com as autoridades japonesas e, se me lembro, ele disse que não pretendia atrapalhar as autoridades japonesas. Claro que não gosto desse tipo de declaração, mas respeito. Só que estava esperando um pouco mais de ajuda do governo brasileiro, algo que infelizmente não aconteceu", afirmou.
Durante a entrevista, Ghosn criticou o governo brasileiro por não ter dado apoio a ele. "O cônsul do Brasil no Japão (João de Mendonça Lima Neto) foi muito querido comigo e cuidou de mim em um período muito complicado. Agora, o presidente Bolsonaro foi perguntado se estava pronto para lidar com as autoridades japonesas e, se me lembro, ele disse que não pretendia atrapalhar as autoridades japonesas. Claro que não gosto desse tipo de declaração, mas respeito. Só que estava esperando um pouco mais de ajuda do governo brasileiro, algo que infelizmente não aconteceu", afirmou.
Nos minutos iniciais de sua coletiva de imprensa, Ghosn disse que não ia explicar como fugiu do Japão, mas que o fez porque havia sido "arrancado de seus familiares e amigos", referindo-se ao fato de que, após sua libertação sob fiança, ele foi proibido de ter contato com sua esposa Carole Ghosn.
"As acusações contra mim não têm base nenhuma", ressaltou, acrescentando que o sistema judicial japonês o considerava "suposto culpado".
Saiba Mais
Ghosn foi preso em novembro de 2018, quando deixava seu jato particular em Tóquio. Em abril de 2019, foi libertado sob fiança depois de passar 130 dias na prisão.
Desde então, estava em prisão domiciliar e não podia deixar o país à espera de julgamento (a data ainda não havia sido definida).