Ao menos nove foguetes caíram na noite desta terça-feira (7/1) em duas bases aéreas onde estão estacionadas tropas dos Estados Unidos. A base aérea de Ain Al-Asad, no oeste do país, é uma delas, e a outra está em Erbil, na região curda do Iraque.
A TV Estatal do Irã informou, apenas, que a Guarda Revolucionária do Irã lançou um ataque de míssil à base militar dos Estados Unidos, e ameaçaram com "respostas ainda mais devastadoras" em caso de resposta americana.
Segundo a CNN, há vítimas iraquianas, mas não se sabe quantas.
A Casa Branca revelou que o presidente americano, Donald Trump, foi informado do ataque contra a base de Ain al Assad e acompanha a situação de perto.
"Estamos a par dos ataques a instalações dos Estados Unidos no Iraque. O presidente foi informado e está monitorando de perto a situação e consultando sua equipe de segurança nacional", informou a porta-voz Stephanie Grisham.
O ataque ocorre após grupos armados pró-Irã prometerem unir forças para responder ao ataque de um drone americano que na sexta-feira (3/1) matou o general iraniano Qasem Soleimani e o líder militar iraquiano Abu Mahdi al Muhandis em Bagdá.
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Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que os americanos estão "preparados para qualquer retaliação do Irã" e que o país persa "deve sofrer as consequências" se atacasse os Estados Unidos.
"Nós salvamos muitas vidas", afirmou o líder da Casa Branca, em referência à operação americana no Iraque que matou o general Qassim Soleimani na semana passada. Em conversa com repórteres na Casa Branca, o republicano também disse que "em algum momento as tropas americanas devem deixar o Iraque, mas não agora". Trump afirmou desconhecer uma carta enviada por engano ontem a autoridades iraquianas. O documento dizia que os EUA estavam "reposicionando forças" para sair de solo iraquiano, mas a ação foi negada posteriormente pelo secretário de defesa americano, Mark Esper.
Funeral do general Qasem Soleimani
Nesta terça-feira (7/1), também ocorreu o funeral do general Qassem Soleimani, em em Kerman, ao sudeste do Irã, que reuniu milhares de pessoas. “Abaixo os Estados Unidos, morte à América” e “Vingança”, gritava a multidão, em meio a cartazes com fotos do militar assassinado pelos EUA logo após desembarcar em Bagdá, na madrugada de sexta-feira.
Na confusão, ao menos 56 pessoas morreram em um tumulto. De acordo com o chefe do Instituto Médico Legal de Kerman, Abbas Amian, "mais de 50 pessoas morreram".
Já a agência Isna, citando o chefe do serviço de emergência da cidade Mohammad Sabéri, 212 pessoas ficaram feridas, "incluindo um pequeno número em estado grave".
O diretor do hospital Bahonar, no centro da cidade, informou que recebeu 13 corpos. Uma família em luto esperava no hall, onde uma lista de nomes de vítimas foi afixada.
*Com informações da Agência Estado e da France-Presse
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