O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse neste domingo que qualquer ação militar de Washington contra o Irã estará de acordo com a lei internacional, depois que o presidente Donald Trump ameaçou atacar alvos iranianos, incluindo locais históricos.
“Agiremos legalmente e dentro do sistema”, afirmou Pompeo à rede ABC. “Sempre o fizemos e sempre o faremos”.
Trump foi acusado de ameaçar com um crime de guerra depois de tuitar que locais “importantes para a cultura iraniana” estavam em uma lista de 52 possíveis alvos dos EUA se o regime de Teerã mantivesse sua promessa de vingar o assassinato do comandante Soleimani.
Pompeo se recusou a dar detalhes sobre possíveis alvos, mas disse que Trump “nunca se esquivará de proteger os Estados Unidos”.
“O povo americano deve saber que todo alvo que atacaremos será um alvo legal e com uma missão única: de proteger e defender os Estados Unidos”.
A ameaça de Trump na noite de sábado provocou acusações generalizadas de opositores democratas de que violaria a Convenção de Genebra, que estabelece que qualquer ataque a locais culturais constitui um crime de guerra.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif, também tuitou que “atacar locais culturais é um crime de guerra”.
Pompeo afirmou que há uma “probabilidade real” de o Irã tentar atacar as tropas americanas, depois do bombardeio orquestrado por Washington.
“Achamos que há uma probabilidade real de o Irã cometer um erro e tomar a decisão de atacar algumas de nossas forças militares no Iraque ou solados no nordeste da Síria”, afirmou Pompeo à Fox News neste domingo.