"O número total de mortos é 81. Duas pessoas faleceram em consequência dos ferimentos. Uma delas estava entre os feridos em estado grave que foram transferidos para a Turquia no domingo e oura vítima faleceu em um dos hospitais de Mogadíscio", declarou à AFP o porta-voz do ministério, Ismail Muktar.
Mais de 10 pessoas continuam desaparecidas desde o atentado com carro-bomba contra um posto de controle em um bairro popular, o mais violento em Mogadíscio em dois anos.
Um balanço anterior citava 79 mortos e 125 feridos. O atentado não foi reivindicado, mas o presidente somali Mohamed Abdullahi Mohamed, conhecido como "Farmajo", acusou o grupo islamita Al Shabab.
Este grupo vinculado à Al-Qaeda executa com frequência atentados com carro-bomba em Mogadíscio, parte da insurreição contra o governo apoiado pela comunidade internacional.
O atentado foi o mais violento na capital somali desde 2017, quando um caminhão-bomba matou mais de 500 pessoas, uma ação que tampouco foi reivindicada.
Os islamitas do grupo Al Shabab não costumam reivindicar os atentados que provocam muitas vítimas entre a população civil pelo temor de perder o apoio que ainda possuem entre os somalis.
Entre os 81 mortos estão pelo menos 16 estudantes da universidade privada de Banadir, que viajavam em um ônibus no momento da explosão, e dois cidadãos turcos.
Desde 2015, a Somália registrou 13 atentados que deixaram pelo menos 20 mortos, 11 deles na capital.
Expulsos de Mogadíscio em 2011, os islamitas do Al Shabab, que declararam guerra ao governo somali e à comunidade internacional que apoia o regime, perderam seus principais redutos, mas ainda controla amplas zonas rurais, onde executam operações de guerrilha e atentados suicidas.
Atualmente possuem entre 5.000 e 9.000 combatentes.
O governo dos Estados Unidos anunciou no domingo que matou quatro "terroristas" durante bombardeios executados na Somália.