<div style="text-align: justify">[FOTO1515321]<strong>Cristãos de todo o mundo</strong> começaram a <strong>chegar</strong> desde as <strong>primeiras horas</strong> desta terça-feira (24/12) na igreja da Natividade de Belém, onde, segundo a tradição cristã, <strong>Jesus nasceu</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em um ambiente calmo e festivo, <strong>palestinos e estrangeiros lotavam gradualmente </strong>o centro desta pequena cidade, localizada na Cisjordânia, um território palestino ocupado por Israel há mais de 50 anos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Nos portões da <strong>Basílica</strong>, uma longa fila de fiéis crescia à medida que a manhã avançava.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Todos desejam passar alguns segundos no local onde se acredita que Jesus nasceu, uma pequena gruta que é acessada por uma escada estreita, localizada atrás do altar da igreja.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ola veio da Nigéria e está emocionada em poder passar o Natal em um lugar tão especial. Diante dela, várias dezenas de crianças palestinas vestidas de azul, amarelo e branco, desfilam tocando gaitas e tambores.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Que atmosfera linda", diz Jeanine, que veio da França.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Estou tão animada por estar aqui hoje, é maravilhoso", suspira Germana, uma italiana, que veio de Nápoles com o marido e os dois filhos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Pierbattista Pizzaballa, administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, chegará a Belém pela manhã, onde celebrará a missa do galo na Igreja de Santa Catalina, ao lado da Basílica da Natividade.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Espera-se também que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, participe desta missa.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Este ano, os fiéis também podem contemplar uma pequena relíquia que acaba de voltar a Belém do Vaticano: um fragmento do que se acredita ser a manjedoura de Jesus que esteve longe da Terra Santa por mais de 1.300 anos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"É importante porque faz parte da estrutura de madeira do presépio original de Belém. Essa estrutura de madeira deixou a Terra Santa por volta do ano 640", segundo o Custódio da Terra Santa, Francesco Patton. </div><h3 style="text-align: justify">Poucos cristão de Gaza </h3><div style="text-align: justify">Em Belém, haverá milhares de estrangeiros, mas poucos cristãos da Faixa de Gaza, já que Israel concedeu poucas permissões de viagem. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Qualquer palestino que deseje sair de Gaza para ir à Cisjordânia, ambos territórios palestinos, deve atravessar Israel e obter uma permissão previamente emitida pelas autoridades israelenses.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Cerca de 200 pessoas foram autorizadas a deixar a Faixa de Gaza, de um total de 950 solicitações, segundo Wadi Abu Nasar, porta-voz das Igrejas da Terra Santa. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Mas o Natal, diz esse cristão, deve continuar sendo um tempo de esperança. "A Terra Santa não é apenas o local de nascimento e crucificação (de Jesus), é também o local da ressurreição", disse ele à AFP.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Apesar de todos os desafios, dificuldades, dores e problemas que enfrentamos, temos esperança em Deus e nas pessoas", acrescentou. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A festa de Natal costuma ser tensa em Belém devido ao conflito entre israelenses e palestinos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em 2017, a decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel provocou manifestações quase diárias nos territórios palestinos. Também em Belém, uma cidade tradicionalmente ligada a Jerusalém, localizada a apenas 10 km de distância, mas separada por um muro construído por Israel há 15 anos. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em 2015, uma onda de violência anti-Israel alterou as festas de fim de ano. Em três meses, 150 pessoas, a maioria palestinas, morreram em Israel e nos territórios palestinos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Este ano, Belém está recebendo um número significativo de turistas devido à relativa calma no conflito.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O ministro do Turismo palestino, Rula Mayaa, explicou que 3,5 milhões de pessoas visitaram Belém este ano.</div>