<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2019/12/19/815321/20191219100359288355o.jpg" alt="É a segunda vez que o estado de emergência é declarado em Nova Gales do Sul desde o início da temporada de incêndios em setembro" />As <strong>autoridades australianas</strong> declararam nesta quinta-feira <strong>estado de emergência</strong> por <strong>sete dias</strong> no estado de <strong>Nova Gales do Sul</strong>, cuja capital é Sydney, depois que foram <strong>registradas temperaturas recordes</strong> que favorecem <strong>incêndios gigantescos</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O primeiro-ministro deste estado do sudeste da ilha continental, Gladys Berejiklian, justificou a decisão por "condições climáticas catastróficas". É a segunda vez que o estado de emergência é declarado em Nova Gales do Sul desde o início da temporada de incêndios em setembro.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Centenas de incêndios florestais devastaram Nova Gales do Sul por semanas, dos quais metade permanece sem controle, causando nuvens tóxicas de fumaça que atingiram Sydney, a maior cidade da Austrália.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A Austrália registrou nesta semana o dia mais quente de sua história desde o início dos registros, uma onda de calor que pode piorar a grave situação provocada pelos incêndios florestais em todo o país.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na terça-feira (17/12), a temperatura média na Austrália foi de 40,9 graus, superando o recorde anterior de 40,3 de janeiro de 2013, informou o serviço de meteorologia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"A onda de calor se intensificará ainda mais nesta quarta-feira", disse a meteorologista Diana Eadie Said.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A onda de calor é um sinal das consequências da mudança climática na Austrália, onde os incêndios, comuns no verão, começaram este ano de forma precoce e muito intensa.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Nos últimos meses centenas de incêndios florestais foram declarados em todo o país, incluindo um "superincêndio" ao norte de Sydney, a maior cidade da Austrália.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]A fumaça atingiu a cidade e elevou a poluição a um nível considerado uma emergência de saúde pelos médicos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O fogo matou seis pessoas e destruiu 700 casas, além de ter devastado três milhões de hectares de terra em toda Austrália.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">De acordo com os cientistas, o início precoce dos incêndios este ano e sua maior intensidade são explicados pela mudança climática, que prolongou a seca. Muitas cidades sofrem com a falta de água.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os incêndios provocaram a indignação de muitos australianos, que protestaram contra a passividade do governo do primeiro-ministro conservador Scott Morrison na luta contra a mudança climática.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As temperaturas recordes desta semana começaram no oeste da Austrália, depois afetaram o centro árido do país e finalmente as zonas mais populosas da costa leste.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em algumas partes do estado de Nova Gales do Sul, que tem Sydney como capital, a temperatura deve se aproximar de 45 graus na quinta-feira. Em Sydney o termômetro pode atingir 46 graus no sábado.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ao mesmo tempo, fortes ventos de até 100 km/h estão previstos para a costa leste, o que pode agravar ainda mais os incêndios.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Nos próximos dias os bombeiros, os serviços de emergência e todas as comunidades próximas aos incêndios enfrentarão uma nova ameaça", declarou Shane Fitzsimmons, coordenador da luta contra os incêndios em Nova Gales do Sul.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O vento pode transportar as brasas dos incêndios a até 30 quilômetros de distância, alertaram as autoridades.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Nesta quarta-feira, a polícia retirou os moradores de dezenas de casas da zona costeira de Peregian, perto da localidade turística de Noosa, na zona nordeste do estado de Queensland.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"As equipes de bombeiros e os hidroaviões estão trabalhando para conter os incêndios, mas talvez não possam proteger as propriedades", anunciaram as autoridades de Queensland.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na semana passada, o primeiro-ministro Scott Morrison admitiu que a mudança climática é um dos "fatores" dos incêndios.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ele defendeu a política de seu governo para reduzir as emissões e não anunciou novas medidas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os ativistas climáticos pretendem organizar uma manifestação diante da residência oficial em Sydney de Morrison, que está de férias fora do país. </div>