<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2019/12/19/815312/20191219091040254515e.jpg" alt="Moradores da cidade e manifestantes já haviam mencionado dificuldades para fazer ligações" />As <strong>redes</strong> de <strong>telefonia móvel</strong> foram suspensas nesta quinta-feira (19/12) em algumas áreas de <strong>Nova Délhi</strong>, capital da Índia, onde as autoridades proibiram as <strong>grandes</strong> <strong>manifestações</strong> anunciadas contra uma <strong>polêmica lei sobre a cidadania</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Duas grandes operadoras de telefonia, Airtel e Vodafone, confirmaram que os serviços foram bloqueados nos bairros do centro da capital.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"O governo emitiu uma ordem que pede a restrição dos serviços de telefonia móvel em alguns locais de Délhi", declarou à AFP uma fonte da Vodafone India.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Moradores da cidade e manifestantes já haviam mencionado dificuldades para fazer ligações, enviar mensagens ou conseguir uma conexão de internet nos smartphones.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As autoridades indianas proibiram nesta quinta-feira qualquer manifestação em diversas regiões do país, após a convocação para novos protestos, iniciados há mais de uma semana.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Um artigo do código de procedimentos penais que proíbe qualquer manifestação de pelo menos quatro pessoas entrou em vigor em diversos bairros de Délhi, Hyderabad, e Chennai, assim como nas grandes cidades de Bangalore, Ahmedabad e Mangalore em sua totalidade.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O dispositivo também está em vigor em todo o estado de Uttar Pradesh, o mais populoso da Índia com mais de 200 milhões de habitantes, e em vários estados do nordeste, onde os protestos deixaram seis mortos na semana passada.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A mobilização, organizada principalmente por membros da comunidade muçulmana, que representa 14% dos 1,3 bilhão de indianos, é uma das mais importantes que o governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi tem que enfrentar desde sua chegada ao poder em 2014.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Votada na semana passada pelo Parlamento indiano, a nova lei sobre cidadania, a origem dos protestos, facilita a concessão de cidadania indiana aos refugiados do Afeganistão, Bangladesh e Paquistão, mas desde que não sejam muçulmanos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As pessoas que protestam contra a lei a consideram discriminatória e inconstitucional.</div>