Lorenzo, 60 anos, foi condenado por abuso sexual de crianças em pelo menos cinco casos.
As vítimas, agora adultas, informaram que o padre fez amizade com elas e depois as estuprou na casa paroquial, em sítios que alugou para celebrar festas e em reuniões de grupos de escoteiros que ele coordenou em La Plata, 60 km ao sul de Buenos Aires.
Os eventos ocorreram entre 1990 e 2008, segundo as denúncias das vítimas, todos homens com idades entre 13 e 15 anos na época dos abusos.
O padre foi encontrado morto na tarde de segunda-feira (16/12) na sede da Caritas em La Plata, onde estava hospedado. Uma arma de fogo foi achada ao lado de seu corpo, segundo a polícia.
Lorenzo era ex-prisioneiro do Serviço Penitenciário da província de Buenos Aires, mas o arcebispado de La Plata decidiu licenciá-lo no exercício do serviço religioso.
Poucas horas antes de encontrá-lo sem vida, a justiça ordenou sua prisão por uma causa iniciada em 2019.
O padre já havia sido denunciado em 2008, mas na época o caso foi arquivado por falta de provas. Lorenzo, por sua vez, alegou inocência e atribuiu as alegações a uma "campanha de difamação".
De acordo com as habilidades psicológicas forenses registradas no caso, Lorenzo apresentava "traços psicopatas, perversos, narcisistas e obsessivos".