<div style="text-align: justify">[FOTO1]O <strong>papa Francisco</strong> levantou o <strong>segredo pontifício</strong> sobre as denúncias de <strong>abusos sexuais</strong>, bem como sobre os processos e vereditos relacionados a esses <strong>crimes</strong>, mas mantendo um mínimo de <strong>confidencialidade</strong>, anunciou nesta terça-feira (17/12) o<strong> Vaticano</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Desta forma, o papa, que fez da luta contra as agressões sexuais cometidos na <strong>Igreja católica</strong> uma das prioridades de seu pontificado, dá mais um passo, eliminando qualquer ambiguidade sobre o alcance do segredo pontifício.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As ;instruções; assinadas pelo papa visam "especificar o grau de confidencialidade com o qual é preciso tratar as informações e denúncias sobre os abusos sexuais" cometidos por religiosos, explica o arcebispo Juan Ignacio Arrieta, membro do Conselho Pontifício de Textos Legislativos, citado em um comunicado de imprensa do Vaticano.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Mais direto, Giuseppe Dalla Torre, ex-presidente do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, afirma que "o papa Francisco abole o segredo papal para casos de abuso sexual", segundo o mesmo comunicado à imprensa. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]O sigilo pontifício, também chamado de segredo do papa, é uma regra de confidencialidade que protege informações confidenciais relacionadas ao governo da Igreja universal, de acordo com a definição do site Le forum catholique.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Em essência, as razões que levaram o legislador eclesiástico a introduzir, entre os assuntos sujeitos ao sigilo pontifício, os crimes mais graves" como agressão sexual "cederam diante de valores considerados hoje mais elevados e dignos de proteção especial, como a primazia do ser humano ferido", acrescenta Dalla Torre.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Mesmo levantando o segredo pontifício, o papa argentino impôs um mínimo de atenção, exigindo que "as informações" desses casos sejam "tratadas de maneira a garantir a segurança, a integridade e confidencialidade (...) a fim de proteger a boa reputação, imagem e privacidade de todos os envolvidos".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Isso não significa censura, ressalta o papa: "nenhuma obrigação de silêncio em relação aos fatos em questão pode ser imposta àqueles que os denunciam, à pessoa que afirma ser a vítima e às testemunhas", assegura Francisco.</div>