<div style="text-align: justify">[FOTO1]Vitorioso após as eleições legislativas no Reino Unido, o primeiro-ministro <strong>Boris Johnson</strong> não quer perder tempo: vai submeter na sexta-feira (20/12) seu acordo de <strong>Brexit ao novo Parlamento</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Apresentaremos um projeto de lei que assegure que o Brexit se realize antes do final de janeiro. Vai refletir os acordos alcançados com a União Europeia sobre a nossa saída do bloco", declarou seu porta-voz nesta segunda-feira (16/12).</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Não está claro, porém, se os deputados votarão alguma parte desse <strong>projeto de lei</strong> que deve traduzir na legislação britânica o Tratado de Retirada negociado com Bruxelas. Ou se eles deixarão as discussões e a aprovação final para depois do recesso de final de ano, que deve começar no mesmo dia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Com uma maioria jamais vista para os conservadores desde Margaret Thatcher, Johnson deve anunciar hoje a reorganização do seu governo, tendo como prioridade lançar o mais rápido possível as medidas para permitir a saída do Reino Unido da União Europeia em 31 de janeiro.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Deve ainda se dirigir aos 109 parlamentares conservadores recém-eleitos entre os 365 assentos conquistados por seu partido na quinta-feira para exortá-los a trabalhar e alcançar o Brexit, pelo qual 52% dos britânicos votaram em junho de 2016.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"O primeiro-ministro deixou bem claro que (...) devemos responder à confiança do público e alcançar o Brexit", disse uma fonte do governo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"É por isso que a primeira lei que os deputados votarão será o acordo para retirar o Reino Unido da União Europeia", acrescentou.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O primeiro-ministro pretende apresentar aos deputados antes do Natal, talvez esta semana, o documento negociado minuciosamente com Bruxelas em meados de outubro, que deveria permitir um divórcio tranquilo após 47 anos de casamento.</div><h3 style="text-align: justify">Discurso da rainha </h3><div style="text-align: justify">Antes de considerar o Brexit, a nova Câmara dos Comuns vai se reunir na terça-feira para eleger o "speaker" (presidente). Provavelmente irá reconduzir a trabalhista Lindsay Hoyle, eleita um mês antes das legislativas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ela terá a tarefa de liderar os debates, muitas vezes animados, sobre o Brexit, assim como o fez o truculento John Bercow.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Cada um dos 650 parlamentares jurará lealdade à Coroa, um processo que deve levar vários dias.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Finalmente, Boris Johnson poderá detalhar seu programa legislativo na quinta-feira, durante o tradicional discurso lido pela rainha Elizabeth II, de 93 anos. Uma vez que o último discurso da monarca foi há dois meses e com o Natal se aproximando, a cerimônia deverá ser reduzida.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Boris Johnson defenderá mais uma vez sua prioridade: concretizar o Brexit.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Também poderá anunciar medidas para melhorar o serviço nacional de saúde (NHS), como prometeu para romper com a imagem de austeridade colada ao seu partido. Este serviço gratuito, ao qual os britânicos são muito apegados, sofreu cortes drásticos sob os governos conservadores nos últimos 10 anos. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Segundo uma fonte em Downing Street, o governo planeja anunciar um aumento de 33,9 milhões de libras (40,6 milhões de euros) no orçamento do NHS.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O primeiro-ministro, por outro lado, descartou a possibilidade de oferecer à Escócia um segundo referendo sobre a independência da região, como exigido pela primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon, que obteve bons resultados nas legislativas com seu partido SNP.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A recusa de Boris Johnson não "encerra o caso", alertou Sturgeon no domingo na BBC, enfatizando que a Escócia, que votou 62% em 2016 para permanecer na União Europeia, "não pode ficar trancada no Reino Unido contra sua vontade".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Uma vez que o Brexit tenha sido alcançado politicamente em 31 de janeiro, Londres e Bruxelas iniciarão duras negociações para chegar a um acordo comercial definindo suas relações após o período de transição programado até o final de 2020.</div>