<div style="text-align: justify">[FOTO1]A <strong>China</strong> não compartilha do entusiasmo do presidente <strong>Donald Trump</strong>, que disse quinta-feira (12/12) que um <strong>acordo parcial</strong> estava prestes a ser assinado para reduzir a intensidade da <strong>guerra comercial</strong> entre os <strong>dois países</strong>, envolvida em ameaças comerciais e <strong>batalhas tarifárias</strong> por 19 meses.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Estamos muito perto de um grande acordo com a China. Eles querem isso, e nós também", tuitou o presidente americano na noite de quinta.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As notícias encheram os mercados de euforia e Wall Street fechou em alta depois que a agência de notícias Bloomberg informou que o acordo fora fechado e que só faltava a aprovação de Trump. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Segundo a imprensa, Washington desistiria de implementar uma nova salva de tarifas planejada a partir de domingo para os produtos chineses como telefones, consoles de videogame ou roupas esportivas no valor de 160 bilhões de dólares. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A China disse que responderia com uma tarifa de 25% para carros americanos e 5% para autopeças; impostos que foram suspensos no início deste ano como um gesto de boa vontade.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na sexta-feira, porta-vozes chineses não confirmaram as palavras de Trump e foram cautelosos. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Chegar a um acordo interessa aos dois países", disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Mas, alertou a fonte, o acordo alcançado deve ser "benéfico para ambos".</div><h3 style="text-align: justify">Notícia perfeita </h3><div style="text-align: justify">Um acordo com a China seria uma notícia perfeita para Trump neste momento. O presidente já praticamente iniciou a campanha para sua reeleição em 2020 e está sujeito a um procedimento que visa a seu impeachment.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Por quase dois anos, os países ficaram imersos em uma disputa comercial que se traduz na imposição mútua de taxas alfandegárias adicionais que representam bilhões de dólares por ano. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os Estados Unidos querem que a China se comprometa a não subsidiar suas empresas públicas, abra seu enorme mercado a mais bens e reformule suas práticas econômicas e comerciais que, para Washington, constituem um abuso sistemático contra investidores estrangeiros. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Recentemente, no entanto, funcionários da Casa Branca disseram que poderiam chegar a um acordo menos ambicioso, chamado "fase um", mais focado em que China compre mais produtos agrícolas americanos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Segundo o Wall Street Journal, Washington propôs a Pequim uma redução de até 50% das tarifas dos Estados Unidos em US$ 360 bilhões em importações chinesas. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O acordo também prevê a possibilidade de os Estados Unidos imporem tarifas novamente se a China não cumprir suas promessas. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Essa guerra comercial, que penaliza as empresas chinesas orientadas para a exportação, também pode prejudicar o crescimento do gigante asiático.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No terceiro trimestre, a China registrou 6% em ritmo anual, o crescimento mais baixo em 27 anos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Trump diz repetidas vezes que a China precisa mais do acordo comercial do que os Estados Unidos. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em novembro, o presidente americano surpreendeu a todos quando disse que não tinha um "prazo" para esse acordo e sugeriu que ele poderia chegar após as eleições nos Estados Unidos em 2020. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Além disso, as tensões entre a China e os Estados Unidos também aumentaram após o apoio de Washington aos manifestantes pró-democracia de Hong Kong. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em novembro, Trump também assinou uma lei que ameaça suspender o regime econômico especial acordado por Washington com a ex-colônia britânica se o direito de demonstrar não for respeitado. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Pequim chamou esse gesto dos Estados Unidos de "abominável" e "sinistro". </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Nesta sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, acusou os Estados Unidos de "minar seriamente" a confiança mútua com seu apoio às manifestações em Hong Kong e à comunidade muçulmana uigur. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Um projeto de lei na Câmara dos Representantes prevê sanções contra Pequim pelo tratamento dado a essa minoria. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Esse tipo de comportamento ameaça a confiança mútua que foi construída com dificuldade entre os Estados Unidos e a China", disse o ministro.</div>