O presidente Jair Bolsonaro negou nesta terça-feira, 10, que foi um "recuo" do governo enviar o vice-presidente, Hamilton Mourão, à posse presidencial de Alberto Fernández, na Argentina. O governo havia desistido de enviar nome do primeiro escalão, mas voltou atrás na tarde de Segunda-feira (9).
Questionado sobre a mudança de decisão, Bolsonaro disse: "(Foi) porque eu decidi". "Vocês falam em recuo o tempo todo, como se o governo que dá cabeçada por aí. O recuo... às vezes você toma uma decisão antes de acontecer, né", disse Bolsonaro.
O presidente comparou o caso a um jogo de futebol: "Você vê técnico de futebol, muitas vezes o cara tá ali para entrar em campo, o cara se machuca, não é que errou, aconteceu um imprevisto. E na política tem imprevisto a todo momento".
Bolsonaro disse que o Brasil não deseja brigar com ninguém. "Queremos fazer comércio com o mundo todo". O presidente voltou a afirmar, no entanto, que Fernández deve ter dificuldades para governar. "A Argentina também polarizou. Parecido aqui no Brasil. O partido do (ex-presidente) Macri fez uma bancada grande. Vão ter problemas para impor a sua política, no caso o Fernández. Estou torcendo para que a Argentina dê certo. Se bem que os números dizem que vão ter mais dificuldade do que nós", finalizou.