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Novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, anuncia equipe

Presidente eleito Alberto Fernández apresentou os nomes que vão integrar seu futuro gabinete

[FOTO1]O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, apresentou nesta sexta-feira seu futuro gabinete, que tem um jovem acadêmico heterodoxo na Fazenda que defende o adiamento do pagamento da dívida.

A equipe de Fernández, que tomará posse nesta terça-feira, na Casa Rosada, terá como chefe de Gabinete Santiago Cafiero, um cientista político de 40 anos, de viés peronista e neto do histórico líder Antonio Cafiero.

Após semanas de rumores, finalmente foi confirmado na Fazenda Martín Guzmán, 37 anos, que ocupará um posto-chave diante da urgência de honrar a dívida com o Fundo Monetário Internacional (44 bilhões de dólares recebidos desde 2018) e com os detentores de bônus, totalizando 315 bilhões.

Colaborador em Nova York do Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, o novo ministro da Fazenda defende adiar - por dois anos - o pagamento dos juros da dívida soberana, por meio de um acordo com os credores, e ampliar os prazos para o principal.

"É uma alegria que tenha aceitado deixar Nova York e voltado a Buenos Aires. Deposito uma enorme confiança nele. É um homem jovem muito preparado. Já trabalhamos juntos por várias semanas", disse Fernández ao apresentar o ministro nesta sexta-feira.

O FMI concedeu à Argentina um crédito de 57 bilhões de dólares a três anos, mas Fernández desistiu de receber a última parcela, em troca de que "deixem o país crescer" e sair da recessão.

Diretor de um programa sobre reestruturação da dívida e pesquisador da Universidade de Columbia, Guzmán também é professor de macroeconomia da Universidade de Buenos Aires.

O ministério da Produção foi entregue a Matías Kulfas, professor universitário de 47 anos e uma das referências econômicas de Fernández.

Com experiência em gestão, Kulfas concentrou seu trabalho em programas de apoio financeiro para pequenas e médias empresas.

O deputado peronista Felipe Solá, engenheiro agrônomo de longa trajetória política mas com pouca experiência na diplomacia, será o chanceler.