<div style="text-align: justify">[FOTO1]A <strong>ONU</strong> declarou nesta sexta-feira (6/12), que pelo menos 7 mil pessoas foram, <strong>"supostamente"</strong>, detidas no<strong> Irã</strong> desde que <strong>protestos</strong> em massa explodiram no país no mês passado e pediu a soltura imediata dos que foram presos de forma <strong>arbitrária</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em um comunicado, o Escritório para Direitos Humanos da ONU apontou que obteve "imagens de vídeo verificadas". Nelas, veem-se as forças de segurança atirando nos manifestantes - aparentemente com a intenção de matar.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O escritório da ONU acrescentou ter "informações que sugerem que pelo menos 208 pessoas morreram" durante os distúrbios, o que corrobora um balanço anterior divulgado pela Anistia Internacional.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Também há informações, que o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos não conseguiu verificar até o momento, que sugerem mais do que o dobro desse número de mortos", completa a nota.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A alta comissária para os Direitos Humanos, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, disse que vídeos obtidos por sua equipe mostram "uso de severa violência contra os manifestantes".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]"Também recebemos imagens que parecem mostrar as forças de segurança, atirando pelas costas em manifestantes desarmados, enquanto fugiam, e atirando em outros diretamente no rosto e em órgãos vitais. Em outras palavras: atirando para matar", acrescentou Bachelet.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em outras imagens de vídeo, há "membros armados das forças de segurança atirando do telhado de um prédio do Departamento de Justiça" na cidade de Javanrud, ao oeste de Teerã, na província de Kermanshah. Também se observam disparos de helicópteros em Sadra, na província de Fars.</div><h3 style="text-align: justify">EUA fala em mais de mil mortos</h3><div style="text-align: justify">Ontem, o enviado especial dos Estados Unidos ao Irã, Brian Hook, levantou a suspeita de que Teerã "pode ter matado mais de mil pessoas" desde o início dos protestos neste país, enquanto outros milhares teriam ficado feridos, ou estariam presos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Não podemos ter certeza, porque o regime bloqueia as informações", mas "sabemos que vários milhares de iranianos foram feridos, e pelo menos sete mil manifestantes, detidos".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O enviado americano insistiu em que o número de vítimas letais é muito maior do que os 208 mortos estimados pela ONG Anistia Internacional. Ao mesmo tempo, lembrou das dificuldades para se verificar esta informação.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Hook relatou que os EUA receberam fotos e vídeos de cerca de 32 mil pessoas, material usado, junto com informes de grupos externos, para fazer essa estimativa.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os protestos no Irã começaram em 15 de novembro, depois de um aumento inesperado do preço da gasolina.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A República Islâmica ainda não divulgou um balanço oficial do número de mortos, ou de detidos, em meio à repressão aos protestos. Nas manifestações, prédios foram queimados, e lojas, saqueadas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Convoco as autoridades a libertarem imediatamente todos os manifestantes que foram, arbitrariamente, privados de sua liberdade", continuou Bachelet.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Pela onda de violência, o Irã responsabilizou "matadores" apoiados por seus inimigos - Estados Unidos, Israel e Arábia Saudita - e classificou o número de mortos divulgado por fontes estrangeiras como "mentiras absolutas".</div>