Um navio de guerra americano interceptou a embarcação que transportava o armamento em 25 de novembro na costa do Iêmen e encontrou "armas sofisticadas" de origem iraniana, incluindo mísseis terrestres, antitanque e de defesa aérea, disse Brian Hook, enviado especial dos Estados Unidos no Irã.
"Essa descoberta é mais uma evidência dos esforços do Irã para estimular conflitos na região através da proliferação de armas mortais entre seus aliados", declarou Hook à imprensa.
"Também é evidência de como o Irã viola repetidamente o embargo de armas da ONU, que está em vigor há mais de uma década", afirmou o representante em referência à proibição de exportação de armas para o Irã emitida pelo Conselho de Segurança em 2007.
O regime xiita apoia os rebeldes huthis, que controlam a maior parte do Iêmen apesar da campanha militar liderada pela Arábia Saudita, país aliado americano.
Em seu apoio à Arábia Saudita, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vetou uma tentativa do Congresso americano de encerrar a assistência de seu país, apesar das críticas generalizadas à forma com Riad ataca as posições inimigas, após atingir hospitais e um ônibus escolar.
Hook também anunciou que o Departamento de Estado está oferecendo uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações sobre Abdul Reza Shahlai, comandante da Força Quds, unidade especial do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica do Irã, que supostamente opera no Iêmen. O oficial já é alvo de sanções americanas por uma suposta conspiração para matar o embaixador saudita em Washington.