"Este grupo antiterrorista tem como missão desarticular absolutamente todas as células terroristas que estão ameaçando nossa pátria", afirmou o titular da pasta, ministro Arturo Murillo, durante ato oficial no qual apresentou a tropa, composta por militares vestidos de preto, com o rosto coberto e armas com miras telescópicas.
Ele acrescentou ser necessário as instituições do Estado agirem para "libertar a Bolívia desses narcoterroristas que se instalaram no país nos últimos 14 anos", durante o governo de Evo Morales,
O comandante da Polícia, Rodolfo Montero, disse no mesmo ato que "este grupo estará destinado a desarticular grupos estrangeiros que treinaram e guiaram para semear o terror aos cidadãos".
O ex-presidente Morales respondeu no Twitter que "os golpistas que tomaram o poder na #Bolívia, agora inventam histórias incríveis para culpar outros pelo terror que eles mesmos estão impondo a partir do Estado".
Ressaltou que "o único plano terrorista que estão executando são eles (os do governo boliviano) a ferro e fogo contra todos os bolivianos".
O novo governo transitório da direitista Jeanine Áñez denunciou, desde que chegou ao poder, que foram detectados estrangeiros encarregados de semear o terror no país, mencionando colombianos, peruanos, cubanos e venezuelanos.
Disse, especialmente, que foram responsáveis por provocar enfrentamentos entre opositores e apoiadores e entre civis e forças combinadas do Exército e da Polícia, que em mais de um mês de incidentes deixaram 33 mortos.
A Polícia tem detido na cidade de Santa Cruz (leste) o argentino Facundo Molares Schoenfeld, a quem identificou como um ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e como promotor de graves enfrentamentos nessa região.