"Estamos hoje dispostos e prontos para nos sentar esta tarde ou amanhã para discutir" sua agenda de exigências, disse à imprensa Diego Molano, coordenador dos diálogos propostos por Duque para deter a onda de protestos.
O funcionário pediu a suspensão da passeata convocada para o dia 4 de dezembro, para reduzir os "efeitos econômicos" da greve sobre o comércio antes do Natal.
"Afirmamos ao Comitê Nacional de Greve que o governo e o presidente Duque têm toda a disposição para o diálogo, sem ultimatos e pressões, pelo bem da Colômbia".
Até o momento não há um posicionamento do Comitê Nacional de Greve, que reúne sindicatos, estudantes, indígenas e políticos de oposição.
O Comitê já propôs ao governo uma agenda de discussões em torno das múltiplas exigências dos manifestantes, incluindo a adoção "integral" do acordo de paz firmado em 2016 com os rebeldes das FARC, o combate à corrupção, uma melhor política de segurança e o fim dos assassinatos de ativistas de direitos humanos, líderes sociais e ex-guerrilheiros.
Desde 21 de novembro, milhares de pessoas se mobilizam, quase diariamente, em diferentes cidades da Colômbia, na maior onda de protestos no país desde os anos setenta.