<div style="text-align: justify">[FOTO1]A <strong>polícia</strong> de Hong Kong entrou nesta quinta-feira (28/11) no devastado <strong>campus da universidade</strong> que permaneceu cercada durante 11 dias para começar a recolher <strong>coquetéis molotov</strong> e outros <strong>materiais perigosos</strong> abandonados pelos <strong>manifestantes pró-democracia</strong>. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A Universidade Politécnica de Hong Kong (PolyU) foi o epicentro dos protestos em 16 e 17 de novembro, quando começaram os confrontos violentos entre os manifestantes e a polícia. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Armados com arcos, flechas e coquetéis molotov, os manifestantes entraram em confronto com a polícia, que respondeu com disparos de balas de borracha, gases lacrimogêneos e jatos de água.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os confrontos, os mais violentos desde o começo dos protestos em junho, desencadearam o cerco à PolyU. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Centenas de manifestantes permaneceram entrincheirados no enorme campus rodeado por um cordão policial. A maioria deles se rendeu ao serem detidos pela polícia, enquanto outros conseguiram escapar. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os funcionários da universidade disseram que somente uma pessoa foi encontrada no interior. Os jornalistas não viram ninguém nas últimas 48 horas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na quarta-feira à noite, um manifestante, com o rosto coberto, declarou à imprensa que cerca de 20 manifestantes ainda estavam na PolyU. </div><h3 style="text-align: justify">Controlar o campus </h3><div style="text-align: justify">Nesta quinta-feira pela manhã, quando a polícia e os bombeiros entraram no campus depois de onze dias cercada, não encontraram nenhum ocupante. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]A polícia antidistúrbios recolheu dezenas de bombas incendiárias e garrafas de produtos químicos que haviam sido pegas dos laboratórios da universidade. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Especialistas em explosivos percorreram as salas, passando por paredes pintadas com grafites hostis à polícia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Depois expuseram no pátios galões de gasolina, coquetéis Molotov fabricados em garrafas de vinho e muitas outras garrafas de vidro com produtos químicos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Todo esse material foi etiquetado e retirado do local.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O porta-voz da polícia Chow Yat-ming explicou que a prioridade da operação não era prender manifestantes que poderiam estar escondidos no local, mas apreender "os materiais perigosos que estão no campus".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Depois de garantir a segurança da universidade, começará a tarefa de limpeza.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O lugar parece um campo de batalha coberto de pedaços de tijolo - atirados à polícia por manifestantes - capacetes, roupas e máscaras de gás.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Uma loja da rede Starbucks foi saqueada. Os estabelecimentos da cafeteria americana, cuja filial no país pertence a um conglomerado familiar acusado de ser próximo a Pequim, são frequentemente alvo dos manifestantes.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na quarta-feira, a direção da PolyU pediu ao governo ajudasse a retirar as substâncias perigosas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os protestos começaram em junho para rechaçar um projeto de lei para autorizar extradições para a China continental.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Essa iniciativa foi retirada, mas os manifestantes ampliaram suas reivindicações. Com o passar dos meses, os protestos se tornaram cada vez mais violentos.</div>