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Câmara faz convite para a Casa Branca

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O presidente Donald Trump deixou ontem a Casa Branca para passar o feriado do Dia de Ação de Graças em sua casa de veraneio na Flórida levando na bagagem o convite para que participe na próxima etapa do inquérito de impeachment aberto contra ele na Câmara dos Deputados. O presidente do Comitê Judiciário, Jerry Nadler, da oposição democrata, comunicou oficialmente o início da segunda fase do processo, a partir do próximo dia 4, com audiências nas quais o presidente e seus advogados poderão intervir nas audiências e interrogar testemunhas.

;O Comitê espera contar com a sua participação na investigação sobre o impeachment, enquanto conclui as suas tarefas constitucionais;, diz o texto enviado à mansão presidencial. Trump é acusado de ter se valido do cargo para pressionar o governo da Ucrânia a investigar o ex-vice-presidente americano Joe Biden, democrata e possível adversário na eleição presidencial de 2020. O inquérito, aberto pela presidente da Câmara, a oposicionista Nancy Pelosi, é conduzido por outros painéis e coordenado, inicialmente, pelo de Inteligência. É o Comitê Judiciário, porém, que determina, em última instância, se existem acusações passíveis de impeachment a serem votadas pelo plenário ; para eventual abertura de julgamente político no Senado.

Antes de embarcar, Trump cumpriu a cerimônia anual de libertar dois perus, no jardim da Casa Branca, como reza a tradição do Dia de Ação de Graças. Na Flórida, onde passará o feriado, a agenda incluía um comício para correligionários, com o inquérito do impeachment e a campanha à reeleição no centro das preocupações.

Antes de ter recebido o convite oficial para a nova fase de audiências, o presidente administrava a má notícia saída de um tribunal de apelações de Washington, que decidiu pela obrigatoriedade, para os assessores de Trump, de cumprir as intimações dos comitês da Câmara ; seja para prestarem depoimento, seja para entregarem documentos requisitados. O caso em exame dizia respeito a um ex-advogado da Casa Branca, Don McGahn, intimado em maio pelo Comitê Judiciário.

;Os presidentes não são reis;, escreveu o juiz Ketanji Jackson. ;Ninguém, nem mesmo o chefe do Poder Executivo, está acima da lei.; O magistrado determinou que a decisão se aplique a todos os assessores do presidente, atuais e passados. Com base nisso, o Comitê de Inteligência poderá convocar três testemunhas-chave: o ex-assessor de Segurança Nacional John Bolton, o chefe de Gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney, e o secretário de Estado, Mike Pompeo.