<div style="text-align: justify">[FOTO1]O <strong>Tribunal Eleitoral Uruguaio</strong> inicia nesta terça-feira (26/11) a recontagem dos <strong>votos</strong> <strong>emitidos</strong> no domingo para formalizar o <strong>vencedor das eleições</strong>, nas quais o candidato de centro-direita Luis Lacalle Pou obteve a maioria dos <strong>votos</strong>. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A pequena diferença entre o líder do Partido Nacional e seu adversário oficial Daniel Martínez (Frente Ampla, esquerda) determinou que o corpo eleitoral, que sempre conta os votos 48 horas após cada eleição, aguardará a contagem secundária para confirmar o que os números absolutos antecipam. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Lacalle Pou obteve 1,168 bilhão de votos, em comparação com 1,139 de Martinez, uma diferença de menos de 30 mil votos, que é, por sua vez, inferior aos votos "observados" - quando os eleitores votam em seções às quais não pertencem ou não aparecem no registro - que totaliza 35 mil e sempre leva tempo para contar, porque a identidade do eleitor deve ser verificada no boletim eleitoral. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Segundo a consultora de estatística Enia, Martinez precisaria que 91% dos votos "observados" fossem favoráveis para distorcer o resultado da apuração primária. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">É um cenário improvável e que levou Lacalle Pou a lamentar que seu rival não lhe concedesse a vitória no domingo, e a Frente Ampla apontou que eles esperariam a conclusão da contagem secundária antes de aceitar uma derrota que os tiraria do poder após 15 anos de administração em três mandatos consecutivos. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]O presidente do Tribunal Eleitoral, José Arocena, disse à AFP que a contagem levará cerca de três dias e o resultado final será conhecido entre quinta (28/11) e sexta-feira (29/11). </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Além do processo de votos "observados", a apuração secundário conta voto por voto em cada um dos 19 departamentos (províncias) nos quais o Uruguai está dividido. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Além disso, os delegados dos partidos que participam das contagens departamentais podem solicitar ao órgão eleitoral que considere votos válidos que foram anulados por qualquer anomalia, como uma cédula em mau estado, por exemplo. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os votos nulos que são aceitos como válidos são historicamente escassos. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No primeiro turno eleitoral de outubro, os votos anulados que foram finalmente contados mal chegaram a 1.700, um número que não afeta o resultado das eleições, explica Federico Comesaña, diretor da Enia, à AFP. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Com 48,71% dos votos para Lacalle Pou e 47,51% para Martínez, uma diferença em números absolutos de apenas 30.000 votos, o eleitorado uruguaio ficou dividido em dois, embora após o primeiro turno, que definiu a composição do Congresso, Lacalle Pou - à frente de uma coalizão de cinco partidos - terá maioria parlamentar para governar a partir de 1; de março de 2020.</div>