[FOTO1]O secretário de Defesa dos Estados Unidos defendeu nesta segunda-feira (25) a demissão do chefe da Marinha, alegando que queria chegar a um acordo com a Casa Branca sobre o futuro de um soldado de elite acusado de crimes e perdoado pelo presidente.
Em uma entrevista a um grupo de jornalistas do Pentágono, Mark Esper relatou os eventos que levaram no domingo à demissão de Richard Spencer, secretário da Marinha, um cargo civil, após várias intervenções públicas de Donald Trump para defender o soldado perdoado, Eddie Gallagher.
"Essa demissão não tem nada a ver com Eddie Gallagher. Tem a ver com Spencer e a cadeia de comando", disse Esper.
O Pentágono anunciou domingo que havia solicitado "a renúncia do secretário da Marinha Spencer, depois de perder a confiança nele por sua falta de abertura sobre as conversas com a Casa Branca sobre a condução do caso do Fuzileiro Naval, Eddie Gallagher".
Minutos depois, vários veículos de comunicação publicaram a carta de demissão de Spencer, na qual afirmou que sua consciência lhe impedia de respeitar a vontade expressada por Trump, o comandante em chefe das forças americanas, de exonerar totalmente Gallagher e mantê-lo entre os Fuzileiros Navais, uma unidade militar de elite.
Em 2 de julho, Gallagher foi inocentado do assassinato de um prisioneiro no Iraque em 2017 e foi absolvido de duas tentativas de assassinato de civis iraquianos.
Mas o soldado de elite foi considerado culpado por posar, junto a outros soldados, ao lado do cadáver de um jovem, uma foto que poderia "prejudicar as forças armadas", segundo a acusação.
A Marinha o afastou por conta dessa condenação, mas Trump revogou essa decisão em 15 de novembro.