<div style="text-align: justify">[FOTO1]O <strong>papa Francisco</strong> se reuniu nesta segunda-feira (25/11) com o novo <strong>imperador do Japão</strong>, Naruhito, e com as <strong>vítimas do terremoto</strong>, <strong>tsunami</strong> e da <strong>catástrofe nuclear</strong> de 2011 no Japão, quando expressou sua preocupação com o uso da <strong>energia atômica</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Bem-vindo ao Japão", afirmou em espanhol o imperador, ao receber o pontífice na entrada do Palácio Imperial de Tóquio, para um encontro privado de meia hora.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O papa presenteou o imperador, entronizado há um mês, com um quadro do pintor romano Filippo Anivitti (1876-1955).</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Antes da conversa com o imperador, no terceiro dia de sua viagem ao país asiático, Francisco se reuniu com as vítimas do terremoto, do tsunami e da catástrofe nuclear de 2011 no Japão. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O<strong> pontífice </strong>ouviu os depoimentos das vítimas do terremoto submarino de 9,0 graus de magnitude de 11 de março de 2011 que provocou uma onda gigante no nordeste do Japão, o que matou mais de 18.500 pessoas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A onda atingiu a central nuclear de Fukushima e provocou o pior acidente nuclear desde o de Chernobyl (Ucrânia) em 1986.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Francisco agradeceu a todas as pessoas que "se mobilizaram imediatamente depois dos desastres, para apoiar as vítimas".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Uma ação que não pode ser perdida no tempo e desaparecer depois do choque inicial, e sim que devemos perpetuar e sustentar", declarou, ao recordar as "mais de 50 mil pessoas que foram retiradas, atualmente em casas temporárias, ainda sem condições de retornar para seus lares".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Quase 470 mil habitantes tiveram que abandonar suas casas nos primeiros dias da catástrofe, incluindo 160 mil na área das duas centrais nucleares em Fukushima. Além das vítimas do tsunami, as autoridades reconhecem mais de 3.700 mortes em consequência da deterioração das condições de vida dos afetados.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"A situação implica, como bem destacaram meus irmãos bispos no Japão, a preocupação pelo uso contínuo da energia nuclear", declarou o papa.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os bispos japoneses "pediram a abolição das centrais nucleares", ressaltou.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em 2016, a Conferência Episcopal do Japão fez um apelo ao mundo para o fim da produção de energia nuclear. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"O que o Japão viveu após a catástrofe de Fukushima nos mostra que devemos informar ao mundo sobre os perigos da produção de energia nuclear e pedir sua abolição", escreveram na época os bispos japoneses.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Nossa era sente a tentação de fazer do progresso tecnológico a medida do progresso humano", disse Francisco.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"É importante, em momentos como este, fazer uma pausa e refletir sobre que somos e, talvez de maneira mais crítica, sobre quem queremos ser", completou.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O sumo pontífice também pediu a tomada de decisões corajosas sobre a exploração dos recursos naturais, sobretudo das futuras fontes de energia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Depois do encontro com o imperador Naruhito, o papa se reuniu com jovens na catedral de Santa Maria de Tóquio e abordou temas como o bullying, muito presente no Japão. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Francisco, que no domingo visitou Nagasaki e Hiroshima, cidades japonesas vítimas da bomba atômica, celebrará uma missa ainda nesta segunda-feira e terá uma reunião com o primeiro-ministro Shinzo Abe.</div>