<div style="text-align: justify">[FOTO1]Vários <strong>ministérios indonésios</strong> estão proibindo a <strong>contratação</strong> de <strong>mulheres grávidas, deficientes físicos ou homossexuais</strong> em favor de candidatos considerados "normais", conforme denunciou o Defensor Público da Indonésia, Ninik Rahayu, ao final de uma <strong>investigação interna</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A <strong>discriminação</strong> contra homossexuais e transexuais aumentou consideravelmente nos últimos anos na Indonésia, o arquipélago do sudeste asiático de cerca de 260 milhões de habitantes, a maioria muçulmanos. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O<strong> sexismo</strong> no local de trabalho também prevalece. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os Ministérios da Defesa e Comércio, bem como a Procuradoria Geral da República (AGO) discriminam candidatos em seus anúncios de emprego.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"O Ministério da Defesa proíbe as mulheres grávidas de se candidatarem a um emprego, enquanto a AGO e o Ministério do Comércio proíbem isso com pessoas trans", afirmou Ninik à AFP. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"A AGO até fez uma declaração dolorosa que dizia ;nós só aceitamos pessoas normais;", acrescentou. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]"Proibir as pessoas de se candidatarem a um emprego simplesmente porque são transgêneros não é aceitável e é uma violação dos direitos humanos", acrescentou. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O Defensor Público pediu aos ministérios que revogassem suas políticas de contratação, mas, até o momento, apenas o Ministério do Comércio atendeu à solicitação, informou Ninik, acrescentando que seu escritório notou este ano, pela primeira vez, a prática de discriminação. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na quinta-feira, um porta-voz da AGO disse aos jornalistas que a instituição proibiu a contratação de candidatos homossexuais e transexuais em favor de candidatos ditos "normais". </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No site da AGO, um texto afirma que os candidatos a emprego não devem ser daltônicos, nem fisicamente ou mentalmente deficientes.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Não devem ter distúrbios de orientação sexual (transexuais) ou serem gays", afirma ainda a nota. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As restrições equivalem a uma "política baseada no ódio", critica Usman Hamid, diretor executivo da Anistia Internacional na Indonésia. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"A Indonésia deve tentar recrutar os melhores e mais brilhantes candidatos para sua administração pública, sem aplicar restrições arbitrárias e odiosas", acrescentou, pedindo aos respectivos ministérios que se livrem das questionadas regras. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Isso vai contra a Constituição da Indonésia e suas obrigações sob o direito internacional dos direitos humanos", concluiu.</div>