"Constatamos que a França se tornou em 20 de outubro o primeiro país [em termos] de solicitantes de refúgio na Europa, embora as entradas na Europa continuem diminuindo. Sobre isso, que é uma anomalia, devemos trabalhar", explicou Castaner após uma reunião com seu homólogo da Georgia Vakhtang Gomelauri.
No momento em que a Europa registrava uma maior quantidade de chegadas de imigrantes irregulares, em pleno conflito sírio, na França foram apresentadas 80.075 solicitações de refúgio, segundo o Escritório Francês de Proteção de Refugiados (OFPRA), enquanto que a Alemanha recebeu cerca de 890.000 solicitações.
Entretanto, o fato de a França superar atualmente a Alemanha não deixa de ser algo "simbólico", declarou à AFP uma fonte do Ministério de Interior. Segundo essa fonte, na data de 17 de novembro haviam sido registradas na França 120.900 solicitações, em comparação com as 119.900 da Alemanha. No ano passado, 184.000 pessoas pediram refúgio na Alemanha e 123.000 na França.
Isso ocorre porque chegariam na França pessoas que "fracassaram em outro lugar" quando se tratava de obter refúgio, explicou a fonte.
"É a razão pela qual estamos promovendo uma reforma do refúgio e de Schengen no nível europeu".
Para reverter a tendência e reduzir os pedidos de refúgio - embora eles devam aumentar de "10 a 15%" em 2019 na França, de acordo com outra fonte do mesmo ministério - o governo propôs várias medidas no início de novembro.
Entre elas, está a aceleração dos processos de pedidos de refúgio, a implementação de um período de espera de três meses para que os solicitantes de refúgio acessem o Seguro Social e a realização de medidas de contenção se a OFPRA rejeitar uma solicitação, sem aguardar a decisão de um recurso eventual.