<div style="text-align: justify">[FOTO1]O líder indígena<strong> Evo Morales</strong> disse nesta quarta-feira (13/11) que a OEA aderiu ao <strong>"golpe de Estado"</strong> que ele o forçou a deixar o poder na <strong>Bolívia</strong>. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em entrevista à W Radio Colombia, da Cidade do México, onde se asilou na terça-feira (12/11), Morales descreveu a Organização dos Estados Americanos (OEA) como <strong>"neogolpista"</strong>, depois que denunciou sérias irregularidades nas eleições de 20 de outubro que desencadearam a crise boliviana. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Infelizmente, a OEA aderiu a esse golpe de Estado. Eu recomendo aos novos políticos da América Latina: cuidado com a OEA. A OEA é neogolpista para mim", afirmou o líder da esquerda. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No domingo (10/11), Morales, 60, renunciou à presidência que ocupava desde 2006, depois de perder o apoio das <strong>Forças Armadas e da Polícia</strong>. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Pouco antes, ele havia convocado novas eleições presidenciais após a denúncia da OEA e os protestos da oposição, que acusavam o então governante de obter um novo mandato através de fraude eleitoral. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Morales questionou a proclamação da senadora de direita <strong>Jeanine Añez</strong> como presidente interina na Bolívia, insistindo que a saída da crise deve ser constitucional. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"A única saída é respeitar nossa Constituição, recuperar a democracia; a única saída é respeitar o povo e principalmente os movimentos sociais", acrescentou. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Nesse sentido, ele pediu às forças de segurança que não "disparem uma bala".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Equipei as Forças Armadas não contra o povo, não para que sejam contra o povo, mas para que defendam a pátria. Lamento muito que as Forças Armadas estejam agora do lado de um golpe de Estado", afirmou. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A Bolívia mergulhou no vácuo de poder desde domingo, quando Morales renunciou em meio a<strong> forte pressão nas ruas</strong>, forças de segurança e sindicatos, e às vezes violentos protestos após a votação de 20 de outubro. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Segundo o Ministério Público da Bolívia, desde então sete pessoas morreram, quatro delas baleadas.</div>