Os Estados Unidos oficializaram anteontem a decisão de se retirar do Acordo de Paris sobre o clima, causando preocupação à União Europeia (UE), à China e à Rússia. ;Hoje, os Estados Unidos iniciam o processo de retirada dos acordos de Paris. Conforme os termos do acordo, os Estados Unidos submeteram uma notificação formal de sua retirada às Nações Unidas. A retirada será efetiva um ano após a notificação;, declarou o secretário de Estado, Mike Pompeo, na segunda-feira. Na prática, os Estados Unidos não poderão concretizar sua saída antes de 4 de novembro de 2020, o dia seguinte da eleição presidencial americana, na qual Trump aspira a um segundo mandato. Pompeo denunciou novamente ;a injusta carga econômica imposta aos trabalhadores, corporações e contribuintes americanos pelos compromissos assumidos pelos Estados Unidos em virtude do acordo;.
A UE se disse disposta a ;reforçar; a cooperação com as outras partes do Acordo de Paris e insistiu que as bases do pacto são ;sólidas;. ;O Acordo de Paris tem bases sólidas e está aqui para ficar. A UE e seus sócios estão dispostos a reforçar a cooperação com todas as partes para aplicá-lo;, tuitou o comissário europeu de Ação para o Clima, Miguel Arias Cañete.
A China, primeiro emissor mundial de gases de efeito estufa, afirmou que lamentava a decisão. ;Esperávamos que os EUA demonstrassem uma maior responsabilidade e que contribuíssem mais no processo de cooperação multilateral, em vez de adicionarem mais energia negativa;, indicou um porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang.
A saída dos EUA do acordo ;torna ainda mais necessária a associação franco-chinesa sobre o clima e a biodiversidade;, declarou a França. Um porta-voz do Kremlin também lamentou este ;golpe sério; ao acordo. ;Sem a maior economia do mundo, é difícil falar de acordo climático.;