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Galáxia 'monstro' não é uma lenda

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Uma equipe de astrônomos descobriu, por acaso, traços de uma imensa galáxia nunca vista antes, que data dos primeiros momentos do Universo. De acordo com a professora da Universidade de Massachusetts Kate Whitaker, que participou da identificação do aglomerado, a comunidade científica já considerou que objetos monstruosos como esse eram folclore, porque, até agora, não havia evidências de sua existência.

Segundo os autores do estudo, publicado na revista Astrophysical Journal, a descoberta fornece novas ideias sobre como algumas das maiores galáxias começam a crescer. Whitaker, especialista em formação e evolução de aglomerados estelares, diz: ;Essas galáxias ocultas são realmente intrigantes; fazem você se perguntar se isso é apenas a ponta do iceberg, com todo um novo tipo de população de galáxias esperando para ser descoberta;.

Infância
No estudo, os astrônomos usaram o Alma ; uma coleção de 66 radiotelescópios localizados nas altas montanhas do Chile. Em novas observações com limites de detecção extremamente sensíveis, Williams notou um leve borrão de luz. ;Era muito misterioso;, diz ela, ;mas a luz parecia não estar associada a nenhuma galáxia conhecida. Quando vi que essa galáxia era invisível em qualquer outro comprimento de onda, fiquei muito empolgada, porque significava que provavelmente estava muito longe e escondida por nuvens de poeira.;

Os pesquisadores estimam que o sinal veio de tão longe que levou 12,5 bilhões de anos para chegar à Terra. Ou seja, começou a se propagar quando o Universo estava em sua infância. Eles acham que a emissão observada é causada pelo brilho quente das partículas de poeira ; que efetivamente obscurecem toda a luz; aquecida pelas estrelas que se formam profundamente dentro de uma galáxia jovem.

A galáxia é extremamente produtiva: ;Descobrimos que ela é realmente um enorme ;monstro;, com tantas estrelas quanto a Via Láctea, mas cheia de atividade, formando novas estrelas a 100 vezes a taxa de nossa própria galáxia;, conta o coautor do estudo, Ivo Labbé, da Universidade de Tecnologia de Swinburne, em Melbourne, na Austrália.