Johnson disse ao presidente francês em uma conversa por telefone que "a UE não deve acreditar, erroneamente, que o Reino Unido pode permanecer na UE depois de 31 de outubro".
Ele reiterou que não pedirá outro adiamento do Brexit, embora uma lei recentemente aprovada pelo Parlamento britânico o obrigue a solicitá-lo se não chegar a um acordo com a UE.
Esta lei foi descrita como um "ato de capitulação" por Boris Johnson, que acredita que enfraquece a posição britânica nas negociações do Brexit.
"O Reino Unido fez uma oferta grande e importante, mas é hora da Comissão (Europeia) mostrar vontade de se comprometer", disse uma fonte de Downing Street.
E advertiu: "Se esse não for o caso, o Reino Unido sairá sem acordo. A lei de capitulação e seus autores comprometem as negociações, mas se os líderes europeus estiverem apostando que isso impedirá um ;no deal;, será um erro de compreensão histórico", acrescentou esta fonte.
Boris Johnson apresentou na quarta-feira seu plano de Brexit, recebido com ceticismo por Bruxelas, que viu vários pontos "problemáticos".
Ele conversou neste final de semana com vários líderes europeus, incluindo seus colegas finlandês, holandês e português e o presidente francês.
Johnson garantiu a Macron que seu projeto teve o apoio de parlamentares, ao contrário do acordo do Brexit negociado pela ex-primeira-ministra Theresa May, rejeitado três vezes pelo Parlamento.
O presidente francês, por sua vez, disse a Boris Johnson que um balanço das negociações seria feito "no próximo fim de semana para avaliar se um acordo é possível" sobre o Brexit, segundo o palácio do Eliseu.