Pyongyang "não deseja manter negociações tão desagradáveis como essas, se os Estados Unidos não tomarem medidas práticas para terminar com suas políticas hostis", afirmou um porta-voz do Ministério norte-coreano das Relações Exteriores em um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias KCNA, um dia depois de as discussões na Suécia terem naufragado.
As discussões na Suécia se seguiram a meses de paralisia, após uma reunião em fevereiro entre o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump.
A Coreia do Norte se distanciou do diálogo na Suécia, realizadas depois do desafiador teste, por parte de Pyongyang, de um míssil balístico lançado do mar na última quarta-feira. Os norte-coreanos disseram estar decepcionados com a falta de soluções "novas e criativas" oferecidas por Washington.
Já Washington classificou as conversas como "boas", dizendo que os comentários da Coreia do Norte não refletem o conteúdo, ou o espírito, da discussão que se alongou por cerca de oito horas e meia.
Os Estados Unidos aceitaram o convite da Suécia para retomar a negociação dentro de duas semanas, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Morgan Ortagus.
Em sua primeira cúpula em junho do ano passado, Trump e Kim adotaram um documento vago sobre a "desnuclearização completa da península da Coreia", mas, desde então, pouco se avançou.