Um total de 89% dos peruanos apoiam a decisão do presidente Martín Vizcarra de dissolver o Congresso e convocar novas eleições legislativas, segundo a primeira pesquisa realizada depois dessas medidas.
Apenas 9,3% dos entrevistados se declararam contrários à dissolução do parlamento, dominado pela oposição fujimorista, no estudo da empresa CPI, encomendado pelo jornal Exitosa, que ratificou a grande popularidade do presidente peruano.
Só 1,2% dos entrevistados responderam que não sabem ou não responderam.
Vizcarra dissolveu o Congresso na segunda-feira invocando suas faculdades constitucionais com o objetivo de acabar com os recorrentes choques de poderes e obstruções da maioria fujimorista, criticada além disso por amparar autoridades e magistrados investigados por corrupção.
O Congresso denunciou um "golpe de Estado" e, em uma sessão questionada, depois de ser dissolvido, empossou no mesmo dia a vice-presidente Mercedes Aráoz como presidente interina, mas ela renunciou no dia seguinte.
Na pesquisa, 89,1% dos entrevistados afirmaram que Vizcarra é um "presidente legítimo" e 89,5% declararam que apoiavam sua decisão de dissolver o parlamento.
Um total de 85,1% dos entrevistados apoiaram o "desempenho público" de Vizcarra, que assumiu o poder em março de 2018 após a renúncia de Pedro Pablo Kuzcynski.
Por outro lado, 87% dos entrevistados desaprovam a vice-presidente Aráoz por ter assumido a presidência por iniciativa de um Congresso dissolvido.
Um total de 93,4% rechaçam o papel que o Congresso cumpria antes de ser dissolvido, enquanto seu líder, o opositor Pedro Olaechea, conta com a desaprovação de 81,7% dos peruanos.
A pesquisa do CPI incluiu entrevistas com 1.000 pessoas maiores de 18 anos, na quarta e na quinta-feira.