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FMI reafirma apoio à Argentina em encontro com Macri

Fundo e Argentina vão discutir empréstimo de US$57 bilhões para tentar conter recessão econômica no país

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reiterou nesta terça-feira sua intenção de ajudar a Argentina, e técnicos de ambas partes discutirão o futuro do empréstimo de US$ 57 bilhões concedido a Buenos Aires para sustentar sua economia.

"Tive uma reunião construtiva com o presidente Mauricio Macri, o ministro de Finanças, Hernán Lacunza, e o governador do Banco Central, Guido Sandleris", disse o diretor-gerente interino do FMI, David Lipton, após um encontro em Nova York à margem da Assembleia Geral da ONU.

"Expressei nossa intenção de continuar colaborando com as autoridades e ajudá-las a responder à situação difícil e aos tempos desafiadores que se aproximam", disse Lipton citado em uma nota divulgada pelo FMI.

Em recessão e em meio a grande incerteza política que assusta os mercados, a Argentina espera que o FMI libere outra parcela de sua linha de crédito e reestruture as datas de pagamento, que começarão em 2021.

Desde o ano passado a Argentina recebeu cerca de US$ 44 bilhões do programa de créditos a três anos do FMI, mas a inflação desatada e a alta da pobreza gerou descontentamento contra as medidas de corte adotadas pelo governo.

Os problemas econômicos se intensificaram depois de o peronista de centro-esquerda Alberto Fernández sair como franco favorito para as eleições de 27 de outubro, nas quais Macri tenta se reeleger.

Segundo Lipton, as medidas tomadas pelo governo da Argentina "ajudaram a acalmar os mercados".

"Nosso diálogo e estreita colaboração com as autoridades argentinas continuará com as reuniões técnicas que ocorrem nesta semana e antes das reuniões anuais", previstas para meados de outubro, disse Lipton.