"Tive uma reunião construtiva com o presidente Mauricio Macri, o ministro de Finanças, Hernán Lacunza, e o governador do Banco Central, Guido Sandleris", disse o diretor-gerente interino do FMI, David Lipton, após um encontro em Nova York à margem da Assembleia Geral da ONU.
"Expressei nossa intenção de continuar colaborando com as autoridades e ajudá-las a responder à situação difícil e aos tempos desafiadores que se aproximam", disse Lipton citado em uma nota divulgada pelo FMI.
Em recessão e em meio a grande incerteza política que assusta os mercados, a Argentina espera que o FMI libere outra parcela de sua linha de crédito e reestruture as datas de pagamento, que começarão em 2021.
Desde o ano passado a Argentina recebeu cerca de US$ 44 bilhões do programa de créditos a três anos do FMI, mas a inflação desatada e a alta da pobreza gerou descontentamento contra as medidas de corte adotadas pelo governo.
Os problemas econômicos se intensificaram depois de o peronista de centro-esquerda Alberto Fernández sair como franco favorito para as eleições de 27 de outubro, nas quais Macri tenta se reeleger.
Segundo Lipton, as medidas tomadas pelo governo da Argentina "ajudaram a acalmar os mercados".
"Nosso diálogo e estreita colaboração com as autoridades argentinas continuará com as reuniões técnicas que ocorrem nesta semana e antes das reuniões anuais", previstas para meados de outubro, disse Lipton.