O presidente Donald Trump suspendeu temporariamente, nesta sexta-feira (20), as tarifas sobre centenas de produtos chineses que ele impôs no ano passado, amenizando sua posição no conflito comercial antes das negociações do mês que vem.
Embora a decisão tenha ajudado a impulsionar as bolsas de valores, Trump declarou pouco depois não precisar de um acordo antes das eleições presidenciais de 2020.
"Não estou procurando um acordo parcial. Quero um acordo completo", declarou à imprensa. "Não acho que precise antes da eleição", acrescentou.
"Poderia ser feito rapidamente, mas não seria o acordo correto. Tem que fazer as coisas direito", disse. "É um acordo complicado, especialmente na proteção à propriedade intelectual".
Com as negociações de alto nível que devem reiniciar em Washington no início do mês que vem, esta foi a terceira vez desde agosto que os Trump decidiu adiar ou remover tarifas sobre as importações chinesas antes da temporada de compras no final do ano.
No início deste mês, Trump anunciou um adiamento de duas semanas em uma nova rodada de impostos sobre bilhões de dólares em produtos chineses que deveriam entrar em vigor em 1; de outubro.
De acordo com os avisos do Federal Register publicados sexta-feira de manhã, centenas de mercadorias sujeitas a três ondas de tarifas impostas no ano passado estarão isentas dessas tarifas adicionais por cerca de um ano.
As mercadorias agora isentas abrangem uma ampla gama de usos e aplicações e incluem vigas de aço, eletrônicos, como processadores de dados usados pelos fabricantes, bem como bombas, filtros, empilhadeiras, equipamentos mecânicos e suprimentos para animais de estimação.
A guerra comercial pesou sobre a economia global. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OEA) reduziu esta semana as previsões de crescimento devido ao conflito.
Enquanto desacelera, a economia dos EUA tem sido até agora mais resistente, com um lote recente de dados econômicos mostrando uma força surpreendente em áreas importantes.