O Twitter informou nesta sexta-feira (20) que fechou milhares de contas em todo mundo por divulgarem notícias falsas e propagandas pró-governamentais, em lugares como Emirados Árabes Unidos, China e Espanha.
"De acordo com nossa política sobre a manipulação em nossa plataforma, suspendemos permanentemente todas essas contas", anunciou o Twitter.
A lista inclui 1.019 contas equatorianas, a maioria falsas, vinculadas ao partido político do governo Alianza PAÍS, que "disseminou principalmente conteúdo sobre a administração do presidente Moreno, concentrando-se em questões relacionadas às leis equatorianas sobre liberdade de expressão, censura, governo e tecnologia", afirmou a rede social.
"As táticas mais usadas foram a manipulação de ;hashtags; e o encaminhamento de ;spam;", acrescentou.
Também eliminou 259 contas originárias da Espanha que "artificialmente impulsionaram a opinião pública" no país.
"Operadas pelo Partido Popular, elas consistiam, principalmente, em contas falsas com um comportamento de ;spam;, ou que faziam retuíte para aumentar a interação", explicou o Twitter.
Outras 267 contas "interconectadas" originárias dos Emirados Árabes Unidos e do Egito foram fechadas após a detecção de que era "uma operação de informações multifacetadas dirigida principalmente contra o Catar e outros adversários, como o Irã".
Também suspendeu 4.258 contas que "operavam exclusivamente com base nos Emirados Árabes, visando principalmente ao Catar e ao Iêmen".
Esses relatos publicaram informações falsas sobre a guerra no Iêmen, onde Riad ajuda militarmente o governo desde 2015 na luta contra os rebeldes huthis. O grupo tem o apoio do Irã.
O restante da lista inclui seis contas "vinculadas ao sistema de mídia estatal da Arábia Saudita", que "foram apresentadas como mídia independente enquanto tuitavam favoravelmente sobre o governo daquela nação", assim como a conta de Saud al-Cahtani, ex-conselheiro do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman na corte real, "por violações de nossas políticas de manipulação".
Por fim, o Twitter anunciou a publicação de dados sobre 4.302 contas falsas que participaram da rede de 200 mil contas, "tentando semear discórdia sobre o movimento de protesto em Hong Kong" e foram identificadas em agosto.