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Ataque com drones destrói refinarias de petróleo na Arábia Saudita

O ataque contra refinarias da gigante do petróleo Aramco foi reivindicado por um grupo rebelde do Iêmen

Um ataque com drones reivindicado por rebeldes iemenitas provocou incêndios neste sábado em duas instalações petroleiras da gigante saudita Aramco no leste do reino, tornando-se a terceira ação em cinco meses contra o grupo.

Os rebeldes iemenitas huthis, apoiados pelo Irã, reivindicaram a autoria dos ataques na vizinha Arábia Saudita, que apoia militarmente as forças pró-governo do Iêmen em sua luta contra a rebelião.

O canal de TV dos huthis, Al-Massirah, falou em uma "operação de envergadura contra refinarias em Abqaiq e Khurais", no leste do reino.

O Ministério do Interior saudita havia declarado anteriormente que, "às 4h locais, as equipes de segurança industrial da Aramco intervieram em incêndios em duas de suas instalações em Abqaiq e Khurais", assinalando que os mesmos estavam controlados.

A Arábia Saudita é o maior exportador mundial de petróleo. Autoridades reforçaram a segurança em torno dos locais atacados e impediram a aproximação de jornalistas.

O sítio de Abqaiq, a 60km de Dahran, sede principal da gigante petroleira, abriga a maior unidade de tratamento de petróleo da Aramco, segundo seu site. Khurais, a 250 km de Dahran, é um dos principais campos petroleiros da empresa pública.

O enviado da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, declarou-se "extremamente preocupado com os ataques e a recente escalada militar". Também convocou "todas as partes à moderação e evitar colocar em risco o processo de negociações das Nações Unidas" no Iêmen.

O ataque foi condenado por Emirados Árabes, Barein, Kuwait e Egito.

Entrada na bolsa

A Aramco planeja entrar na bolsa entre 2020 e 2021 e lançar no mercado cerca de 5% do capital da empresa, captando cerca de 100 bilhões de dólares.

Rebeldes iemenitas reivindicam com frequência a autoria de disparos de drones ou mísseis contra alvos sauditas. Afirmam agir em represália aos ataques aéreos da coalizão liderada pela Arábia Saudita, que, desde 2015, intervém no Iêmen em apoio às forças pró-governo. A coalizão confirmou alguns destes ataques.

Os ataques dos rebeldes iemenitas, cada vez mais frequentes, mostram que os mesmos possuem armas modernas e representam uma ameaça à Arábia Saudita e, principalmente, às suas instalações petroleiras.

As ações dos rebeldes iemenitas acontecem em um contexto de tensão na região do Golfo, depois de ataques e atos de sabotagem contra embarcações petroleiras em maio e junho, que os aliados Estados Unidos e Arábia Saudita atribuíram ao Irã. Teerã negou qualquer envolvimento.