A iniciativa anunciada nesta quinta-feira (12/9) é a última do presidente para impulsionar a economia, muitas vezes em detrimento do meio ambiente, e cumpre uma promessa feita durante sua campanha eleitoral de 2016.
As hidrovias serão regidas por um acordo prévio até o final do ano, quando se espera que a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) adote novas regras que definam de maneira muito mais restrita as via navegáveis que deverão ser protegidas.
Grupos ecologistas descreveram como "vergonhosa e perigosa" a decisão de revogar a norma sobre as hidrovias adotada em 2015.
Essa norma colocou a maioria das hidrovias americanas sob regulamentação federal, forçando os proprietários de terras a obterem licenças antes de fazer obras em lagos e rios, ou de realizar atividades que possam contaminá-los.
Segundo os defensores do meio ambiente, essa norma protegia os delicados ecossistemas aquáticos dos danos causados pelos seres humanos.
O diretor da EPA, Andrew Wheeler, chamou a norma de "golpe ultrajante de poder" e disse, em uma entrevista coletiva, que as mudanças trazidas por seu departamento significavam um retorno "a uma estrutura reguladora antiga e conhecida".
Grupos ecologistas alertaram que essa revogação pode ameaçar a água potável, aumentar a poluição nos rios e pântanos e limitar medidas para reduzir as inundações.
Em entrevista à Associated Press, a ex-diretora de Ciência e Tecnologia da EPA Betsy Southerland afirmou que "esta revogação é uma vitória para incorporadoras, perfuração petrolífera e de gás e mineração".
Já o presidente da Comissão de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado, o republicano John Barrasso, saudou a mudança regulatória e criticou as normas de Obama que, segundo ele, colocaram "os lagos de jardins, as poças e os buracos das pradarias sob o controle de Washington".