O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) informou que há uma alta probabilidade de que uma tempestade tropical traga ventos fortes e chuvas torrenciais ao centro e noroeste das Bahamas, assim como a Flórida na sexta-feira e sábado.
O fenômeno estava à 00H00 GMT (21H00 Brasília) 380 km a sudeste das Ilhas Ábacos, com 80% de probabilidade de se converter em tempestade tropical nas próximas 48 horas, segundo o NHC.
No noroeste do arquipélago caribenho, devastado pela passagem do furacão de categoria 5 Dorian, as autoridades procuravam 1.300 pessoas que continuam desaparecidas, de acordo com os serviços de emergência. Um dia antes, o número alcançava 2.500.
A redução drástica se deve a uma comparação entre a lista de pessoas reportadas como desaparecidas por suas famílias e a das vítimas alojadas em centros de emergência disse o porta-voz da agência de emergência das Bahamas.
O número oficial de mortos continua em 50 mortos, afirmou o chefe de polícia do arquipélago, Anthony Ferguson.
Mas o balanço deve aumentar, advertiu Ferguson, que pediu paciência à população com a lentidão dos trabalhos de busca.
"Segundo a informação que recebi e a minha experiência, há centenas de pessoas mortas", declarou na quarta-feira o ex-premier Hubert Ingraham, citado pelo jornal Nassau Guardian.
Quase 2.000 pessoas seguiam alojadas em centros de abrigo na Ilha Nova Providência e outras 150 na Grande Bahama.
O porta-voz também informou que as autoridades suspenderam a deportação de imigrantes ilegais que foram afetados pela tempestade. As Bahamas têm uma vasta comunidade de haitianos, e alguns dos que se encontram irregularmente no arquipélago expressaram o temor de serem expulsos.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, deve visitar as Bahamas nos próximos dias para expressar solidariedade às vítimas do furacão.
"A comunidade internacional deve aumentar o apoio para o povo das Bahamas e seu governo", disse Guterres.
Durante sua visita a Bahamas, o secretário-geral se reunirá com o primeiro-ministro Hubert Minnis e outros funcionários do governo em Nassau. Também visitará as vítimas do furacão e as equipes humanitárias que ajudam o governo, informou a ONU em um comunicado.
O consulado das Bahamas em Washington e várias organizações humanitárias iniciaram campanhas de ajuda às vítimas.