"Conclamamos todos os colombianos a ter serenidade, saber que temos uma força pública suficientemente equipada e capaz. Não há que temer esta ameaça, pois seria uma insensatez pensar que possa ser real", declarou a vice-presidente, Marta Lucía Ramírez.
"Mas não podemos baixar a guarda. Sabemos que desde (o finado presidente Hugo) Chávez e agora com (Nicolás) Maduro têm alimentando na Venezuela o terrorismo colombiano, internacional, de mãos dadas com o narcotráfico".
Ramírez garantiu que a Colômbia não cederá a "provocações", mas afirmou que as Forças Armadas estão preparadas para responder a "qualquer ataque externo".
"Temos como defender nosso território e, certamente, também temos aliados internacionais que defendem a democracia, o Estado de direito".
A vice-presidente assegurou que a Colômbia está ativando "todos os instrumentos internacionais que permitam garantir a paz na região", em referência ao Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) e outros mecanismos.
O TIAR é um acordo regional de defesa militar mútua, integrado por 18 nações americanas, que fornece a base legal para uma eventual intervenção estrangeira.
O governo dos Estados Unidos informou que junto a outros países ativará o TIAR diante da crise na Venezuela, mas destacou que o propósito é buscar um marco jurídico e não "invocar a força militar".
Colômbia e Venezuela, com relações cortadas desde fevereiro, estão envolvidas em uma nova tensão bilateral após o presidente colombiano, Iván Duque, acusar Caracas de abrigar dissidentes da guerrilha das Farc.
Maduro respondeu ativando um "alerta" na fronteira de 2.200 km e anunciando exercícios militares na área a partir desta terça-feira, que incluem a implantação de um sistema de mísseis terrestres e antiaéreos.