Pompeo reconhece que se trata, porém, de uma tarefa difícil. O governo Donald Trump deixou o plano em espera depois que as eleições foram convocadas em Israel em 17 de setembro e, em especial agora, que novas questões surgiram após a renúncia na quinta-feira do conselheiro do presidente para o Oriente Médio, Jason Greenblatt, por motivos pessoais.
Pompeo rejeitou a especulação de um novo atraso do plano, depois de ser questionado sobre isso em um evento na Universidade Estadual do Kansas.
"Estamos consultando extensivamente a região há dois anos e meio, e acredito que, nas próximas semanas, anunciaremos nossa visão", disse o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.
O governo americano começou a descrever sua proposta como uma "visão", ou ponto de vista, e não como um plano, de modo que os observadores se questionam se Washington vai oferecer apenas uma declaração de princípios, e não um plano para mediar um grande negócio.
"E espero que o mundo o veja como o começo de uma construção, uma base sobre a qual avançar", acrescentou.
Ele considerou que alcançar a paz no Oriente Médio "é um problema difícil, que, finalmente, os dois povos (Israel e os palestinos) terão que resolver por si mesmos".
Jared Kushner, genro e consultor de Trump, trabalha em uma saída do conflito no Oriente Médio desde 2017.
Como o próprio Kushner anunciou, a proposta é baseada em uma grande injeção de capital estrangeiro na região, na esperança de que o dinheiro fale mais alto do que as divisões políticas: US$ 50 bilhões em investimentos internacionais nos territórios palestinos e vizinhos árabes em dez anos.
A Autoridade Palestina, que se recusou a falar com o governo Trump desde que Washington reconheceu Jerusalém como capital de Israel e interrompeu a maior parte da ajuda bilateral, já rejeitou o plano americano.