Ao menos uma criança de sete anos morreu após a passagem do furacão Dorian pelas Ilhas Ábaco, no arquipélago das Bahamas, nesta segunda-feira, 2.
De acordo com a emissora "Eyewitness News" e o portal "Bahamas Press", o menino Lachino McIntosh morreu afogado devido ao forte aumento do nível do mar nas Ilhas Ábaco pela passagem do furacão.
Além dele, a irmã do garoto está desaparecida. A avó, Ingrid McIntosh, disse a "Eyewitness News" que recebeu a informação pela filha, mãe de Lachino, que achou o corpo do menino.
O número de vítimas será maior, de acordo com as autoridades. O ministro de Assuntos Exteriores de Bahamas, Darren Henfield, informou nesta segunda que há relatos de numerosos corpos boiando nas Ilhas Ábaco, a primeira afetada pelo Dorian nas Bahamas.
"Temos informes de que corpos foram avistados, mas não podemos confirmar esses dados até sairmos e vermos", indicou Henfield em declarações à cadeia de TV ZNS.
Em recado aos habitantes, afirmou que ainda não é seguro sair na rua, já que linhas elétricas estão caídas e árvores foram derrubadas. As equipes de resgate devem ir às localidades com vítimas assim que possível, segundo Henfield.
O fenômeno meteorológico avança pela ilha de Grand Bahama com redução para categoria 4 e singela diminuição da velocidade dos ventos, a 240 km/h, segundo novo relatório do Centro Nacional de Furacões em Miami, EUA.
O Dorian devastou as Ilhas Ábaco, no nordeste, onde centenas de casas estão submersas e cabos elétricos foram rompidos, árvores despedaçadas e comunicações cortadas.
Os meteorologistas indicam que o ciclone gera rajadas de vento superiores às 200 milhas por hora (320 km/h) e eleva o nível do mar em até sete metros.
Esses perigos continuarão sobre a ilha de Grand Bahama durante a maior parte do dia, causando uma "destruição extrema", já que o furacão se move a menos de 2 km/h, de acordo com o NHC.