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Ultradireita perde terreno


A quatro dias das eleições regionais em dois estados da ex-Alemanha Oriental, as pesquisas de opinião deram um alento aos partidos que formam a coalizão do governo federal, sob a chefia da chanceler Angela Merkel. Em ambos os casos, os números vinham apontando o risco de que a legenda de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AdD) saísse das urnas com a maior bancada, ainda que sem aliados para compor maioria e formar um gabinete. Ontem, porém, novas sondagens mostraram uma recuperação dos grandes partidos, embora em um quadro mais fragmentado, que prenuncia negociações difíceis.

Em Brandenburgo, o Partido Social Democrata (SPD), sócio menor na coalizão federal liderada por Merkel, recuperou terreno e chegou a 20,3% das intenções de voto, a mesma marca da AfD, que vinha à frente nas últimas pesquisas. A União Democrata Cristã (CDU), partido da chanceler, aparecia em seguida, com 17,9%. Os neocomunistas da Esquerda, atualmente parceiros do SPD no governo local, atingiram 15,5%, à frente dos Verdes (14,8%). A fórmula atual do primeiro-minisrto Dietmar Woldke, composta port SDP e Esquerda, teria de incluir os Verdes os a CDU para recompor a maioria.

Na Saxônia, onde encabeça a atual coalizão de governo, a CDU conseguiu abrir vantagem sobre a AfD, com 29% contra 24,9%. Em terceiro, a Esquerda (15%), seguida pelos Verdes (10,9%). O fraco desempenho da social-democracia, porém, coloca para o partido da chanceler o desafio de articular uma coalizão com SPD e Verdes, já que a CDU descarta um acordo que inclua os neocomunistas.