<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2019/08/26/779217/20190826110249119693a.jpg" alt="China e Estados Unidos voltam a dialogar" />China e Estados Unidos pediram nesta segunda-feira (26/8) a volta do diálogo na esperança de conter a escalada de sua guerra comercial, três dias depois do anúncio por ambos os lados do aumento recíproco nas tarifas alfandegárias, que preocupam cada vez mais empresas e mercados.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Uma semana antes que as punições mútuas entrem em vigor, Pequim pediu calma e apelou para a cooperação, mas sua moeda, o iuane, voltou a cair, gerando mais pressão sobre o comércio dos Estados Unidos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Antes de deixar Biarritz, onde participou na cúpula do G7, o presidente americano, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos vão retomar muito em breve suas negociações com a China.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"A China nos ligou ontem à noite. (...) Eles nos falaram ;vamos retornar à mesa de negociações;, então vamos voltar", disse Trump à imprensa reunida na cidade no sudoeste da França.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Vamos retomar as negociações muito em breve. Acredito que alcançaremos um acordo", completou.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Querem um acordo", enfatizou o presidente americano, que elogiou o colega chinês, Xi Jinping. "É um grande líder (....) Entende como as coisas funcionam", acrescentou Trump.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, afirmou não estar ciente da conversa sobre a qual Trump está falando.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Já o principal negociador chinês, Liu He, disse que está disposto a "resolver o problema com calma por meio de consultas e cooperação", e que é contra a guerra comercial.</div><h3 style="text-align: justify">Iuane em queda </h3><div style="text-align: justify">A guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do planeta aumentou na sexta-feira, depois que a China anunciou um aumento das tarifas sobre os produtos americanos, que representam 75 bilhões de dólares em importações por ano.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Washington respondeu com o anúncio de novas tarifas sobre os produtos chineses, que devem entrar em vigor em setembro e dezembro.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Trump também aterrorizou os empresários americanos, pedindo que parem de fazer negócios com a China, embora essa ameaça tenha sido posteriormente mitigada por funcionários de alto escalão de seu governo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em aparente reação, Liu disse que a China quer "receber investidores de todo mundo, incluindo os dos Estados Unidos".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A Câmara de Comércio dos Estados Unidos em Xangai disse que as empresas americanas não podem se retirar do imenso mercado chinês, pois isso puniria a própria economia dos Estados Unidos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"O custo econômico (da guerra comercial) já é considerável", afirmou a Câmara em um comunicado.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Para maior preocupação dos empresários americanos, o iuane voltou a se desvalorizar nesta segunda-feira, perdendo 0,74%, a 7,1481 iuanes, o menor nível desde 2008.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Esse declínio torna as exportações chinesas mais baratas, mas aumenta os produtos americanos destinados ao mercado interno do país asiático.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A moeda de Pequim já havia caído no início de agosto, depois que Trump anunciou uma expansão das tarifas alfandegárias dos Estados Unidos para quase todos os produtos chineses.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O iuane não é totalmente conversível e é controlado de perto pelo governo chinês. Washington então acusou Pequim, oficialmente, de "manipular" sua moeda para beneficiar suas exportações.</div><h3 style="text-align: justify"> Luvas de boxe </h3><div style="text-align: justify">"As duas partes tiraram as luvas de boxe e, nesse contexto, a desvalorização do iuane atenua os efeitos do aumento das tarifas dos Estados Unidos", observa Mitul Kotecha, economista do banco Toronto-Dominion.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Enquanto esta desvalorização for mantida sob controle e não gerar uma fuga de capital, podemos continuar esperando uma nova queda" da moeda chinesa, disse Kotecha à agência financeira Bloomberg.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Enquanto isso, os mercados acionários chineses ainda se mostravam nervosos nesta segunda-feira: Hong Kong perdeu cerca de 2%, e Xangai, mais de 1%.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A escalada na guerra comercial China-EUA preocupa muito as demais potências mundiais, inquietas com as ameaças de recessão na Europa e nos Estados Unidos.</div>