Walsh, de 57 anos, é o segundo adversário republicano declarado de Trump, depois que o ex-governador de Massachusetts, William Weld, um moderado, anunciou sua candidatura em abril.
"Estou me lançando porque ele é um incapaz. Alguém tem que se levantar e precisa haver uma alternativa", disse Walsh em um programa da ABC.
"O país está farto das birras desse cara. É uma criança", disse Walsh, que atualmente é um apresentador de rádio conservador.
Depois de desafiar os republicanos tradicionais em 2016 ao obter a indicação do partido, Trump conta agora com uma base sólida de apoio que parece quase impermeável às controvérsias que gera constantemente.
Poucos republicanos se mostraram dispostos a desafiar publicamente o presidente.
Walsh, que foi um dos favoritos do movimento direitista Tea Party, afirmou que é porque "têm medo. Porque estão morrendo de medo".
Ele desafiou Trump com base em seu caráter, competência e conservadorismo.
"É errático. É cruel. Alimenta a intolerância. É incompetente... É um narcisista", disse Walsh. "Aumentou o déficit mais rápido que o presidente Obama".
Embora nem ele nem Weld tenham muita chance de arrebatar a indicação à presidência, o surgimento de suas vozes dissidentes pode lançar luz sobre as divisões dentro do partido.
Trump não é o primeiro presidente no cargo a enfrentar primárias.
Em 1980, Jimmy Carter teve que lutar até o final das eleições internas antes de prevalecer contra o senador Ted Kennedy. Carter ganhou a indicação do partido, mas perdeu as eleições gerais para Ronald Reagan.