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Conferência avança para proibir venda de elefantes selvagens a zoológicos

A maioria dos países decidiu limitar de maneira rigorosa as vendas de elefantes selvagens, com o objetivo de manter os animais em seu meio ambiente natural

A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES) deu um passo importante no domingo para proibir a venda de elefantes selvagens a zoológicos, uma "vitória histórica" comemorada pelos ecologistas.

Esta votação foi a primeira da conferência CITES da ONU sobre as espécies ameaçadas, que começou no sábado e prosseguirá até 28 de agosto em Genebra, Suíça.

Uma ampla maioria de países decidiu limitar de maneira rigorosa as vendas de elefantes selvagens da África, com o objetivo de manter os animais em seu meio ambiente natural.

Deste modo fica proibida a captura para estruturas de manutenção em cativeiro (zoológicos, parques de entretenimentos, etc), uma prática considerada "cruel" pelos defensores da causa animal.

A proposta, que recebeu 46 votos a favor, 18 contra e 19 abstenções, conseguiu a maioria de dois terços exigida em uma das duas comissões. Mas ainda precisa ser aprovada em sessão plenário em 28 de agosto, durante a reunião de encerramento da conferência CITES sobre espécies ameaçadas.

"A decisão vai salvar um número importante de elefantes arrancados de suas famílias na natureza e obrigados a passar suas vidas presos em zoológicos em condições mediocres", afirmou Iris Ho, do grupo de proteção animal Humane Society International (HSI), que tem sede em Washington.

A venda de elefantes do oeste, centro e leste da África, que figuram há muitos anos entre as espécies protegidas, já estava proibida, ao contrário das espécies da África austral, menos ameaçadas.

O Zimbábue capturou e vendeu mais de 100 bebês elefantes a zoológicos chineses desde 2012, de acordo com a HSI.

"Esta decisão preliminar afirma de maneira forte que os elefantes não pertencem à indústria do entretenimento", declarou Cassandra Koenen, diretora para fauna selvagem na Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA).

"É um passo considerável no bom caminho", completou.