Pelo menos 11 civis, entre eles uma mulher e seis de seus filhos, morreram neste sábado (17/8), vítimas de bombardeios do governo sírio no noroeste do país, um dia depois dos ataques aéreos por parte de Moscou e Damasco em um acampamento de refugiados nesta região - relatou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Um fotógrafo que colabora com a AFP viu um grupo de homens carregando os corpos de duas crianças, após um ataque na cidade de Dayr Sharqi, no sul da província de Idlib, acrescentou a ONG.
Equipes de resgate encontraram o corpo de uma criança entre os escombros e tentaram retirar outro.
Ao menos 15 civis, entre eles seis crianças, morreram na sexta-feira em bombardeios aéreos lançados por Rússia e Síria, que atacaram, entre outros alvos, um acampamento de refugiados, segundo o OSDH.
Desde o final de abril, centenas de pessoas perderam suas vidas na região de Idlib, dominada pelo grupo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS, ex-braço da rede Al-Qaeda). Com o apoio crucial da Rússia, o governo Bashar al-Assad tenta retomar o controle da área.
Desde janeiro, o Hayat Tahrir Al-Sham domina a maior parte da província de Idlib, assim como algumas zonas nas províncias vizinhas de Hama, Aleppo e Latákia, no noroeste do país.
Após um acordo alcançado em setembro de 2018 entre Turquia e Rússia, uma "zona desmilitarizada" teve de ser implementada em Idlib. O acordo foi aplicado apenas parcialmente, porém, já que os grupos "jihadistas" se recusaram a se retirar.
Os bombardeios do governo sírio em Idlib provocaram, desde abril, a morte de 850 civis e o deslocamento de mais de 400 mil pessoas, de acordo com o OSDH.