"Vamos eliminar o Imposto ao Valor Agregado (IVA) do pão, do leite e de outros alimentos", anunciou o mandatário nas redes sociais, em outra reação às turbulências cambiais após sua derrota nas eleições primárias de domingo - que levaram a uma desvalorização do peso de mais de 20%.
Outros produtos alimentícios que vão ter o tributo sobre o consumo zerado até dezembro são o óleo de girassol, o açúcar, as massas secas, o arroz, a farinha de trigo, a polenta, a erva mate (de infusão), as conservas, o iogurte e os ovos, explicou em entrevista coletiva o ministro de Produção, Dante Sica.
O objetivo é "controlar os aumentos de preços" que virão com a desvalorização do peso.
Até julho, a Argentina acumula inflação de 25,1%, uma das mais altas do mundo.
Sica esclareceu que a medida não implicará em uma redução automátiva dos preços e anunciou que a pasta "fará controles com seus inspetores" nos postos de venda.
A redução do IVA sobre a comida é um pleito histórico da central sindical CGT, dps movimentos sociais e dos partidos de centro e de esquerda.
Até então, Macri classificava este tipo de demandas como "populismo e demagogia", especialmente ao se referir ao seu principal rival na corrida presidencial, o kirchnerista Alberto Fernández.
"Isto não é demagogia, nem (medida) eleitoreira", disse Sica.
Macri lançou, nesta semana, um pacote de medidas para aliviar a classe média, atingida pela crise econômica, que inclui bônus salariais e redução no imposto de renda.